Maduro, quase podre
A democracia, assim como a maconha, é uma planta frágil que precisa ser regada com carinho antes de ser colhida, secada, prensada, traficada, enrolada, vendida, desberlotada, apertada e fumada.
O problema é que, desde a época de Jair Bolsonazi, a marofa, bem como a democracia, vem sendo alvo de ameaças constantes e ataques de todos os lados. E olha que eu nunca vi ninguém fumar democracia.
Com a eleição de Luísque Inácio Janja da Silva, pensei que pelo menos esse “climão” de golpe militar iria acabar e a rapaziada poderia continuar fumando a sua maconha tranquilamente.
Deu ruim: a direita, careta e conservadora, detesta a democracia, assim como a maconha, não necessariamente nesta ordem. A esquerda, por sua vez, curte a maconha, mas detesta a democracia, necessariamente nesta ordem. O maior exemplo do amor de Lula por autocratas autoritários foi a babação de ovo oferecida a Nicolás Maduro, da Venezuela, um ditador de terceira categoria que tem cara de dono de cartel mexicano.
Desde Chávez, os governos venezuelanos vêm se dedicando a acabar com o país. Isso só não aconteceu ainda porque a Venezuela tem muito petróleo e, no dia em que ele (o petróleo, não o Maduro) acabar, a Venezuela acaba também.
Por falar em final, a Venezuela parece a série Succession, que acabou nesta semana. O chefão Logan Roy morreu e deixou tudo para o Maduro. Só que a série terminou, mas o governo da Venezuela continua, mesmo com baixa audiência e com a condenação unânime por parte da crítica especializada e de governos de vários países internacionais.
Para vocês terem uma ideia, os poucos venezuelanos que ainda não morreram de fome fogem correndo pro Brasil em busca de uma vida melhor! É muito desespero, minha gente. Até os pets acabaram se tornando parte da dieta venezuelana, obrigando cães e gatos a pedir asilo político nas embaixadas dos EUA.
Fora a canalhice (que eu pratico e admiro), uma coisa que eu não consigo entender é que o Itamaraty considera a Venezuela de esquerda e, para o Celso Amoringa, Putin é uma espécie de Stálin que está lutando contra o imperialismo estadunidense (argh, desculpem!) norte-americano invadindo a Ucrânia.
Acho melhor eu parar por aqui: do jeito que as coisas vão, podem acabar me mandando para o calabouço fiscal, onde eu vou ter que ficar ouvindo o dia inteiro as piadas do Léo Lins contadas pelo ministro Alexandre Kojak de Moraes.
O governo Janja da Silva precisa dizer a que veio: se não pretende fazer nada ou vai continuar fazendo coisa nenhuma. Pelo menos tenho certeza de que o Lula vai continuar não dizendo coisa com coisa. Talvez por falta de maconha e democracia. Não necessariamente nesta ordem.
Agamenon Mendes Pedreira é jornalista Alcione, o Marrom
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Cada dia melhor seu texto.
Os números da tragédia segundo a ONU . 11mil oposicionistas assassinados .. 7 milhões de famintos exilados ... 800 venezuelanos desesperados entram diariamente no Brasil peja fronteira com Roraima ..... eu sou você amanhã? muito provavelmente.
Agamemnon O the best kkkkk muito esclarecedora sua narrativa kkkk
Agamenon, a situação dos venezuelanos é triste, como todos sabem, é não é "narrativa" ( palavra da moda usada erroneamente). Estive na Operação Acolhida e vi ao vivo e em a cores. Dramático.
.. mais uma narrativa criminosa de um bostéu fanático com nome do grande general e herói grego.
Um assassino do povo venezuelano .Lulaa se transformando em cabo eleitoral de Bozo ,homenageando ditadores cor RUPTOS
H Menon O Maximo !!!
👏🏻👏🏻👏🏻. Excelente!