Como lidar com a violência nas escolas
Como pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a socióloga Betina Barros estuda tanto a violência contra crianças e adolescentes como os atos cometidos por jovens.
No Crusoé Entrevistas, ela comenta as medidas que foram discutidas e propostas depois que um adolescente de 13 anos esfaqueou a professora Elisabete Tenreiro, na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo. Betina é contra a ideia de colocar detectores de metais nos colégios. “O ambiente escolar tem que ser um ambiente acolhedor, em que as crianças e adolescentes se sintam parte daquele espaço, e não que a primeira imagem que elas têm seja uma medida que lembra um possível ataque ou que ela pode ser revistada”, diz Betina. A conversa foi realizada antes de um ataque a uma creche, em Blumenau, onde morreram três crianças (leia aqui a posição de OAntagonista/Crusoé em relação aos ataques em escolas).
Sobre a maioridade penal, ela acredita que endurecer as penas para manter um adolescente por mais tempo em uma instituição como a Fundação Casa, de São Paulo, o deixa mais sujeito a receber as influência desse meio, o que aumenta os riscos de ter contato com organizações criminosas ou com indivíduos mais violentos. “A questão do tempo (na prisão) não é uma medida única e universal. Ela precisa ser pensada caso a caso. E o sistema sócio-educativo no Brasil justamente não coloca uma pena absoluta, um tempo pré-determinado, para que se possa fazer um acompanhamento caso a caso, e que se veja, naquela situação, se o adolescente já atingiu um grau de responsabilização. Ele entende o que aconteceu? Ele passou por um processo de arrependimento?”, diz Betina.Na conversa, a pesquisadora fala também sobre as possíveis causas do aumento de casos de ataques em escolas no Brasil, como a pandemia de Covid, a elevação da ansiedade com as redes sociais e o compartilhamento de imagens violentas pela imprensa e pelas plataformas digitais.
Ao final da entrevista, Betina dá um conselho especial para os pais, especialmente os pais de meninos. “Existe uma ideia muito difundida de que o menino não pode ter um momento de tristeza, de depressão e que ele precisa operar isso sozinho, que não peça ajude e não demonstre fragilidade”, diz Betina. Mas os adolescentes não conseguem resolver todos os problemas sozinhos. “Quanto mais próximos os pais estiverem para entender o que está acontecendo e buscar alternativas, mais chance tem de esse adolescente se sentir em um espaço acolhedor o suficiente para se abrir e compartilhar com as pessoas responsáveis com ele o que está acontecendo no ambiente escolar.”
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Me desculpe pelo comentário, mas quanta groselha! Não ter detector de metais para todos ficaram “acolhidos” - e depois serem assassinados por causa disso? Ora, o criminoso não é impedido por flores no jardim! É impedido através de uma reação violenta contrária, pena exemplar, punição severa! E não prender o adolescente para ele não sofrer má influência? O que pode ser pior que assassinar em massa? E e o que faz o que com ele então? Deixa livre e cometendo outros massacres?
Perfeito.
O problema de violência é geral, e acho que só uma revisão séria no código penal e processual resolveria. É necessário que o risco de ser preso seja sério, então para desestimular é necessário facilitar a prisão dos malfeitores, principalmente mantê-los encarcerados, afastados da sociedade. No brasil, do furto de galinha ao crime do colarinho branco, compensa bastante pro meliante, porque prisão, quando acontece, dura pouco.
Concordo 100%
Crianças e adolescentes seguros, sociáveis e afáveis são resultado de pais seguros, sociáveis e afáveis! É a família que dá segurança, educação e afeto! Os bons exemplos de solidariedade, amor ao próximo, probidade e trabalho digno vem de casa. Isso é fundamental! Se a criança não tem isso, o Estado pode prover algumas necessidades básicas - mas jamais substituir a família! Fui professora por 40 anos, sei do que estou falando. A Escola ensina - mas não faz o papel da família. Acordem, pai e mãe!
Com crianças normais, tudo bem. Mas pra mim, que afinal não sou da área, essas pessoas não são normais, são doentes, psicopatas. O que fazer então?
A entrevistada é muito romântica, alheia a realidade do dia dia.
Assistir a entrevista e resumindo, Vai continuar a mesma coisa, muda nada, se apegue a Deus, e ore pra que nunca chegue aos seus.
Não vi solução, só o mesmo blá blá blá. Eu tenho uma ideia de verdade, cria-se um estado sem leis criminais, liberdade total, uma unidade federativa , como todas as outras, e cada um que vai cometendo crime vai morar lá, trabalhar, ou não, ficar do jeito que ela fala, e aproveita e manda ela também pra monitorar o comportamento desses jovens. E lá é cada um por si, vamos ver se não melhora (pelo menos pra quem está do lado de fora dele).
Me desculpem, mas segurança pública e coibição da criminalidade armada não se resolve com diálogo e “conscientização “. O que impede esses crimes barbaros é retirar sociopatas do convívio social e quando isso não é possível, responder com a violência necessária para impedir o ato. Guardamos dinheiro e políticos com armas, mas nossos filhos, que são aquilo de mais precioso, deixamos desguarnecidos e vulneráveis aos demônios.
Concordo com você. Outra coisa que me incomoda é ouvir sempre que não podemos prender, senão o adolescente “aprende com outros criminosos ou é cooptado pelo crime “ ou seja: para que um assassino não fique pior (o que pode ser pior?) o ideal é deixá-lo em liberdade para filosofar groselhas e parar de cometer crimes por si só. É o que o Brasil faz há décadas e o crime só piora e aumenta, cada vez mais!
Concordo com vc, Daniel.
Perfeito, Daniel. Se me permite, eu acrescentaria que o problema maior do Brasil não é a falta de diálogo ou de conscientização. A tragédia atual é a falta de limites e síndrome da impunidade. Logo algum magistrado pançudo ostentando um Rolex concederá liberdade a esse monstro de Blumenau, Isso já aconteceu antes.
O STF usou provas roubadas pra Livrar um Presidiário.. Que disse ontem . Eu mando na Petrobras.. Quando a justiça é parcial .. Ferrou .. Os Min do STF devem exonerados .. Uma vergonha ..
Sugiro a leitura de "Como criei filhos fortes e felizes", em e-book na Amazon e em papel no Clube de Autores".