Êxtase na corte

08.11.19

Houve um certo frisson entre ministros do STJ logo após a notícia de que a Polícia Federal estava cumprindo um mandado de busca e apreensão na casa de Cesar Asfor Rocha, ex-presidente da corte investigado sob suspeita de ter recebido propina para anular a Operação Castelo de Areia. Nas conversas, os ex-colegas de Asfor lembravam de quando ele, repentinamente, pediu aposentadoria. Também rememoraram as histórias de quando ele contava que seria escolhido por Lula para o Supremo, mas foi preterido de última hora. Alguns, de boa memória, contavam que ele perdeu a vaga no STF depois de uma conversa pouco republicana com Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente petista. O clima era de festa. O ex-ministro, que hoje tem uma banca de advogados, é detestado por uma parte das excelências, mas ainda mantém laços estreitos com o meio jurídico. Há algumas semanas, por exemplo, com outras autoridades, ele participou no Rio de Janeiro de um encontro do conselho do Instituto Innovare, uma associação sem fins lucrativos criada por Marcio Thomaz Bastos para promover boas práticas no Poder Judiciário e no Ministério Público. Asfor Rocha integra a comissão julgadora do instituto.

STJSTJAsfor Rocha é suspeito de receber propina para anular a Castelo de Areia

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