Reprodução

Alexandre Soares: 5 obras para acreditar no Brasil

08.03.24

Os leitores de Crusoé conhecem muito bem Alexandre Soares Silva. Desde 2021, ele publica artigos na revista, com o delicioso mau humor que os caracteriza.

Os artigos de Alexandre são um pedacinho do seu trabalho como escritor e roteirista. Seu quarto romance, Totolino (Editora Danúbio), foi lançado em 2022. É a história de um assassino napolitano que mata cantando ópera e, a certa altura, vem aterrorizar os brasileiros. Outros títulos “da sua lavra” (perdão pelo arcaismo) são O Homem Que Lia Os Seus Próprios Pensamentos (Danúbio), A Coisa Não-Deus (Record) e coletânea de não-ficção A Humanidade É Uma Gorda Dançando em Um Banquinho (Realejo) todos engenhosos e engraçados. Na televisão e no cinema, ele colaborou em séries como O Negócio (Netflix, 2013-2018) e filmes como Pronto, Falei (2022).

Para sua participação em Ilha de Cultura, sugerimos que Alexandre comentasse obras que permitissem entender por que o Brasil não dá certo. Mas ele preferiu dar um drible nas expectativas e falar sobre cinco obras que ajudam a acreditar no Brasil:

Sítio do Picapau Amarelo “Meu primeiro contato com um Brasil que não era desagradável”, diz Alexandre sobre a série de clássicos infantis de Monteiro Lobato, hoje em domínio público.

O Gênio do Crime Alexandre louva o autor deste outro clássico juvenil, João Carlos Martins (cuja obra é muito mais extensa e variada) pela graciosidade da sua escrita. “Ele mostra como a nossa linguagem do dia a dia pode servir para a literatura.”

Dom Casmurro Machado de Assis seria, obviamente, inescapável. “A melhor coisa que o Brasil fez, em qualquer área”, diz Alexandre. Que escolheu Dom Casmurro porque queria insistir que a dúvida sobre se Capitu traiu Bentinho ou não é de todo justificável, ao contrário do que se tornou padrão dizer nos comentários do sobre o romance.

A Estrela Sobe O convidado trapaceou um pouco neste caso. Reconhece que o clássico de Marques Rebelo descreve um Brasil sórdido, mas decidiu recomendar o livro porque o acha extraordinário.

Voando para o Rio (Google Play) Como o cinema brasileiro só fala de um país onde ninguém quer viver, Alexandre recorre a este musical de 1933, estrelado por Fred Astaire e Ginger Rogers. “Os americanos tiveram de nos mostrar o que é um Brasil possível e ideal”, diz ele.

 

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO