Cabo Feitosa / Força Aérea Brasileira via FlickrÉ tanto fumacê que único jeito de acabar com a transmissão é colocar a Esquadrilha da Fumaça

Não é o fim da picada!

O mosquito da dengue parece uma velha banda esclerosada de rock: mesmo erradicado em outras partes do mundo, acaba sempre voltando ao Brasil onde ainda faz sucesso
08.03.24

O mosquito da dengue é igual aos militares no BrasiL: quando você pensa que eles não vão aparecer nunca mais, eles acabam voltando. A única diferença é que o mosquito da dengue você pode combater com repelente…

No Brasil, os milicos sempre se meteram em política, desde o tempo da Proclamação da República. Também pudera, a vida na caserna é muito dura. Passar o dia inteiro sem ter o que fazer a não ser jogar bola e caiar as árvores até a metade é de encher o saco de qualquer ser humano. Entediados, os nossos militares resolveram ocupar seu tempo ocioso metendo o bedelho em atividades civis como a política. Só que a política é uma atividade muito diferente da vida na caserna. No quartel, a hierarquia é a coisa mais importante: manda quem pode e obedece quem está abaixo na cadeia de comando. Já na política é diferente, a política é uma coisa mais democrática onde todos podem roubar à vontade, sem distinção de raça, credo, opinião ou patente. Na política você só tem que fazer discursos de 4 em 4 anos para enrolar o eleitorado, no Exército, ao contrário tem a ordem do dia que é, geralmente, a mesma do dia anterior.

Quando foi expulso do Exército por mau comportamento, Jair Bolsonazi resolveu se candidatar e ir pro Congresso onde poderia continuar recebendo seu salário sem fazer nada. Daí em diante o ex-presidente e futuro presidiário passou a defender a volta da ditadura militar, talvez por se lembrar com saudades do tempo em que era a conhecido como a Noivinha do Aristides. Péssimos tempos aqueles…

Na verdade, o Brasil não pode viver sem golpe ou sem uma epidemia. Está no sangue do brasileiro. E o mosquito da dengue parece uma velha banda esclerosada de rock: mesmo erradicado em outras partes do mundo, acaba sempre voltando ao Brasil onde ainda faz sucesso.

Agora vamos ter que voltar a conviver com o fumacê para combater a dengue. Isso se os ministros do STF liberarem o uso da maconha para uso medicinal privado.

Mas como são milhões de casos de maconheiros o único jeito de acabar com a transmissão indiscriminada da maconha é colocar a Esquadrilha da Fumaça para combater mosquitada.

Pois é, a cada dia surgem novas provas que revelam a participação ativa e passiva de membros do alto comando do Exército numa tentativa fracassada de golpe. Felizmente, os autores “intelectuais” da quartelada eram Jair Imbessias Bolsonaro, o general Helenão e a o comandante Prega Neto. Só faltou uma coisa: os três patentes, quer dizer, os três patetas se esqueceram de combinar com os russos porque não queriam conversa com comunistas de esquerda. Só os de direita.

 

Agamenon Mendes Pedreira é jornalista 4 estrelas

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  1. Os militares sempre se envolveram na política. E sempre fizeram M, como na ditadura , a herança da hiperinflação . Que só foi resolvido num governo civil e eleito pelo povo.

  2. Me trouxe esperança ao ler sua premonição que toca a todos os bolsomínions: "de ex-presidente a futuro presidiário".

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