Poço sujo

05.02.21

Engana-se quem acredita no discurso oficial segundo o qual a Petrobras pós-petrolão está livre das interferências políticas. Fontes da companhia asseguram que a saída do ex-promotor Marcelo Zenkner do cargo de diretor de conformidade, responsável por prevenir e corrigir desvios e irregularidades, está relacionado a modos não muito republicanos, digamos assim, ainda em vigor na companhia. Zenkner já havia se desentendido, não faz muito tempo, com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Internamente, o que se diz é que Castello Branco tem se mostrado permeável a interferências políticas de Brasília. O ex-promotor, que estava no posto desde 2019, é alinhado à Lava Jato, que descobriu desvios bilionários na companhia praticados durante os anos de governo do PT – na raiz do problema, não custa lembrar, estava justamente a ingerência de políticos e de partidos sobre os negócios da empresa. A Crusoé, a Petrobras afirmou que a saída de Zenkner não está relacionada a irregularidades que ele possa ter detectado e que a decisão foi motivada por “razões pessoais”.

Lucas Tavares/FolhapressLucas Tavares/FolhapressA sede da Petrobras, no Rio: mandonismo e queixas de práticas antigas

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