O estado-maior de Pazuello

05.02.21

Quem acompanha de perto o marqueteiro de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde diz que o autodenominado Markinhos Show, embora tenha sido trazido de Roraima pelo ministro, dá sinais explícitos de que seu maior desejo é, na verdade, se aproximar de Jair Bolsonaro. Ele não perde uma oportunidade de afagar o presidente ou os seus filhos. Além do marqueteiro e de seu braço-direito, o publicitário Gilberto Musto, Pazuello importou de Roraima outro personagem que tem exibido poder nos bastidores do ministério. É o empresário e ex-deputado federal Aírton Antônio Soligo. Aírton Cascavel, como é conhecido, tem a incumbência de cuidar da articulação política da pasta. Antes de conhecer Pazuello durante a intervenção federal em Roraima, em 2018, Aírton Cascavel foi vice-governador do estado, eleito na chapa de Neudo Campos, que mais tarde viria a protagonizar o “escândalo dos gafanhotos” – aquele no qual funcionários fantasmas, com a anuência das principais autoridades locais, devoravam a folha de pagamento do governo estadual. Ironicamente, foi na gestão da mulher de Neudo, Suely Campos, que o então presidente Michel Temer decretou a intervenção que acabaria por aproximar o general Pazuello de seu atual estado-maior, formado pela dupla Markinhos Show e Aírton Cascavel. Os dois, por sinal, já trabalhavam informalmente para o ministério antes de serem formalmente nomeados. A confiança do general na dupla é inabalável, dizem os mais próximos.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéPazuello: “importados” de Roraima, auxiliares do general esbanjam poder no ministério

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