O registro de Lira

22.01.21

Arthur Lira, o candidato do Planalto à presidência da Câmara, conta com a memória curta dos brasileiros. A imagem abaixo é da tela do computador da portaria do prédio a partir do qual o notório doleiro Alberto Youssef despachava em São Paulo, no auge do petrolão. Espertamente, ao se registrar na recepção do edifício, ele omitiu seu sobrenome mais famoso. No sistema, ficou apenas como “Arthur Cesar Pereira”. Lira esteve no escritório de Youssef quatro vezes. Em pelo menos três delas, viajou à capital paulista com passagens pagas com dinheiro do Congresso. Uma das visitas se deu dois depois depois de ele ser empossado pela primeira vez como deputado federal: Lira chegou ao prédio precisamente às 13h20 de 3 de fevereiro de 2011. Parlamentares e operadores de partidos que integravam a base do governo à época visitavam o local com frequência – quase sempre, para tratar dos pagamentos de propina operados pelo doleiro. Hoje chefe do Centrão, o então deputado de primeiro mandato tem o apoio de um presidente da República que se elegeu prometendo acabar com a corrupção.

Sem o Lira: ao se registrar, o deputado deu o nome incompleto

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