Reprodução/FacebookEdmundo González Urrutia, o concorrente da oposição a Nicolás Maduro nas "eleições" deste ano

Quem é Edmundo González Urrutia, a última voz da oposição venezuelana

25.04.24 17:48

Coube ao diplomata venezuelano Edmundo González Urrutia, de 74 anos, uma das missões mais ingratas na “eleição” em seu país, marcada para 28 de julho: é seu nome que representará toda a oposição, silenciada pela ditadura bolivariana, tentando destronar Nicolás Maduro do poder.

Nesta quarta-feira, 24, o candidato se apresentou como um nome de conciliação. “Este é o momento de buscar uma transição democrática em paz para os venezuelanos”, disse, em seu primeiro vídeo público após o anúncio da candidatura. Ele disse que “nunca, nunca, nunca” havia pensado em estar nesta posição — e até nas críticas ele procurou ser moderado.

“Medo não, mas sim reservas pelas imensas responsabilidades que isso traz”, continuou. “Estamos em um momento em que este regime não nos julga muito bem. Para eles não somos adversários, mas inimigos.”

“Esta é a minha contribuição à causa democrática”, ele concluiu. “Eu faço isso com desprendimento, como uma contribuição à unidade.”

Ele não se apresenta como um candidato da oposição a Maduro — atualmente liderada por María Corina Machado. Como a candidatura dela foi barrada e, em sequência, a candidatura de Corina Yoris, a sua possível sucessora, também foi impedida pelas cortes eleitorais aparelhadas pelo presidente, havia uma dúvida se ela, de fato, iria apoiar um nome conhecido por ter sido o embaixador de Hugo Chávez em países como Argentina e Argélia.

Não é que sou o candidato de María Corina, sou candidato da unidade”ele advertiu. “A líder desse processo unitário é María Corina Machado e atrás dela estaremos todos os venezuelanos que esperamos uma mudança em paz e pela via eleitoral.”

Edmundo é parte da oposição que Maduro permitiu na “eleição”, que foi marcada para a data em que se comemora o aniversário de Hugo Chávez. Com tantas ameaças ao processo eleitoral (a foto de Maduro aparece 13 vezes na cédula de votação), Edmundo tem três meses e muito trabalho para unir a oposição venezuelana em torno de seu nome e —missão quase impossível— vencer a máquina de Maduro, no poder desde 2013.

Leia, na Crusoé #308: A farsa está montada

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  1. Um povo violentado por criminosos comuno-bolivarianos que come e chafurda no lixo nada decide e como os brasileños é vítima de sua ignorância, omissão e submissão.

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