Esperteza de petista

07.02.20

Treze anos depois de ser preso no rumoroso “escândalo dos aloprados”, o petista Valdebran Padilha pediu à Justiça a devolução do dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra José Serra. Meses antes da eleição de 2006, a Polícia Federal apreendeu 758 mil reais e 109 mil dólares com Valdebran, no quarto de um hotel em frente ao aeroporto de Congonhas. A quantia seria entregue para empresários do Mato Grosso que tinham vendido ao PT supostos documentos que ligariam o senador tucano, então candidato ao governo de São Paulo, à chamada Máfia dos Sanguessugas, que atuava no Ministério da Saúde. Depois que a denúncia contra os aloprados foi rejeitada por inépcia, em 2015, o valor foi destinado ao fundo que financia melhorias no sistema penitenciário nacional. No fim do ano passado, porém, Valdebran pediu a reabertura do caso e disse que gostaria de ficar com a bolada. A tentativa não prosperou. Dias atrás, a juíza encarregada de analisar o pedido decidiu que o petista não apresentou nenhuma prova de que o dinheiro era dele. À Lava Jato, executivos da Odebrecht disseram que os reais e dólares em espécie destinados à compra do dossiê dos aloprados saíram do caixa 2 da cervejaria Itaipava, que funcionava como um dos ramais do propinoduto construído e administrado pela empreiteira.

Dinheiro apreendido com os “aloprados”: pedido de devolução esperto e tardio

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