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Por que o favorito Andrew Yang ficou em quarto lugar na eleição de Nova York

30.06.21 15:32

Na campanha das eleições primárias para prefeito de Nova York, dentro do Partido Democrata, Andrew Yang (na foto, com a esposa) aparecia em primeiro lugar. Por ter disputado as primárias democratas para presidente, em 2020, seu nome era mais conhecido do público. Ele também contava com o apoio dos descendentes de asiáticos, que representam 11% da população. Mesmo sem ter experiência anterior em algum governo, Yang conquistou eleitores ao prometer a abertura dos negócios e a distribuição de uma renda mínima de 2 mil dólares por ano aos mais pobres.

Na contagem dos votos, que ainda não terminou, Yang aparece apenas em quarto lugar, com 11% dos votos. Eles não tem nenhuma chance de ganhar a nomeação do Partido Democrata.

Entre os motivos que explicam seu fraco desempenho estão as mudanças mais amplas que ocorreram na cidade. Com a maioria da população vacinada, o comércio voltou a abrir, e temas como a pandemia e a recuperação econômica perderam importância.

Além disso, outro tema ganhou relevância: a criminalidade. Os homicídios subiram 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Episódios de violência envolvendo armas aumentaram 73%. O medo levou os nova-iorquinos a preferir Eric Adams, um ex-capitão de polícia que hoje administra o bairro do Brooklyn. Com 31% dos votos, Adams é o mais provável nome para enfrentar o Partido Republicano nas eleições gerais de novembro na cidade.

Comparado aos outros candidatos, Yang tinha pouca credibilidade como líder de governo ou da política local. Sua base de eleitores, concentrada nos jovens e na comunidade asiática, mostrou-se muito pequena“, diz o cientista político Robert Shapiro, professor da Universidade de Columbia, em Nova York.

Em uma conversa em seu podcast de campanha, Yang reconheceu a derrota: “A experiência no governo de um candidato tende a ser mais atrativa quando se fala sobre segurança. Um outsider é menos desejado quando as pessoas levam tiros e são esfaqueadas na rua, ou quando não se sentem seguras no metrô“.

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  1. Aqui no Brasil, levar tiro no meio da rua e se sentir inseguro no metrô é parte do cotidiano, assim como outras mazelas que em outros lugares são consideradas absurdas em outros cantos do mundo. Com a proposta da bolsa qualquer coisa, provavelmente ele se elegeria facilmente aqui.

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