UNRWA

Os países pararam e retomaram o apoio à UNRWA, a agência da ONU em Gaza

30.04.24 07:17

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro passado, ao menos 16 nações revisaram seu apoio à United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East (UNRWA), a agência da ONU para atender refugiados na Palestina e na região costeira. O estopim foi a acusação de Israel de que a agência, apesar de seu caráter humanitário, teria lado – o do Hamas – na guerra.

Sete destas nações já voltaram atrás e continuam a custear a agência: Canadá, Islândia, Suécia, Finlândia, Alemanha, Japão e Austrália já voltaram a integrar a folha de contribuições. Outras nove nações mantêm as doações suspensas: nessa lista estão Reino Unido, Países Baixos, Lituânia, Letônia, Estônia, Romênia, Áustria, Itália e os Estados Unidos.

No último caso, as doações estão suspensas até pelo menos março de 2025. Em janeiro, Joe Biden anunciou a suspensão para análise do caso. Dois meses após, em março deste ano, o Congresso do país aprovou uma suspensão do pagamento por um ano, se valendo de uma brecha dentro do orçamento do setor de Defesa do país.

A principal alegação de Israel é que os integrantes da missão da ONU na Faixa de Gaza comemoraram os bombardeios feitos pelo Hamas no 7 de Outubro. Ao menos desde novembro do ano passado é sabido que nomes como o do professor Hmada Ahmed escreveram coisas como: “Bem-vindos ao Grande Outubro” no dia do ataque. Na semana seguinte, ele escreveu: “Esta terra não pode acomodar duas nacionalidades. Somos nós ou eles. Nós somos aqueles que vão ficar, e eles vão passar.

O Brasil apoia a UNRWA, alheio às preocupações internacionais sobre a ligação da agência com o grupo terrorista. Em janeiro, quando os países estavam suspendendo as suas cobranças, o Itamaraty defendeu a manutenção da agência e disse confiar que “as investigações […] conduzidas pelo Escritório de Serviços de Supervisão Interna das Nações Unidas (OIOS), e que resultaram na demissão de funcionários da Agência, chegarão a bom termo.”

Leia mais em Crusoé: Brasil já mandou US$ 20 milhões para agência acusada de ligação com Hamas

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