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Juristas discutem impeachment de Trump na Câmara dos EUA

04.12.19 17:32

Quatro juristas americanos especializados em direito constitucional deram seus pareceres nesta quarta-feira, 4, na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, em Washington.

Três deles consideraram que existem provas suficientes para dizer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cometeu deslizes que poderiam fundamentar sua deposição. Os três foram convidados pelos democratas.

Um quarto jurista, Jonathan Turley (na foto, à direita), professor da Universidade George Washington, discordou dos demais. Apesar de ter sido convidado pelos republicanos, Turley afirmou que não é apoiador de Trump e votou contra ele.

“Agora eu entendi. Você é louco. O presidente é louco. Meus amigos democratas são loucos. Meus amigos republicanos são loucos. Minha esposa é louca. Meus filhos são loucos. Até minha cadela está louca… E olha que Luna é uma golden doodle (raça cruzada de Golden Retriever e Poodle) e ela nunca está louca. Estamos todos loucos e onde tudo isso nos levou? Um impeachment descuidado nos deixará menos loucos ou apenas será um convite para a loucura continuar em todas as futuras administrações?”, afirmou Turley no depoimento escrito que ele enviou à Câmara.

“(Este impeachment) está errado porque não é assim que um presidente americano deveria ser deposto. (…) De repente, algumas semanas atrás, a Câmara anunciou que iniciaria uma investigação de impeachment e pressionaria pela votação final em poucas semanas. Para fazer isso, o Comitê de Inteligência declarou que não convocaria uma série de testemunhas com conhecimento direto de qualquer troca de favores. (…) Em vez disso, prosseguiu usando registros dados por um número relativamente pequeno de testemunhas que receberam informação de segunda-mão. (…)  A ajuda militar (para a Ucrânia) foi liberada após um atraso que as testemunhas descreveram como não sendo incomum para os padrões desta ou de administrações anteriores. Fazer o impeachment de um presidente dessa maneira seria expor todos os futuros presidentes ao mesmo tipo de expediente fraco”, disse Turley.

A discussão na Comissão de Justiça servirá como base para definir os “artigos de impeachment” — as acusações contra Trump que serão levadas para a avaliação do Senado.

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  1. Acontece nos EUA o mesmo fenômeno que ocorre aqui no Brasil, a oposição xiita ao governo democraticamente eleito não aceita os resultados das urnas porque sabe que trata-se de uma derrota eleitoral definitiva. Essa gente não terá mais espaço na política visto que boa parte da população já entendeu que todos fazem parte de uma grande farsa que culminou com a eleição do embuste Barack Obama

  2. Os democratas adoram dizer que Trump é misógino, mas ao ficarem do lado de Clinton e praticamente terem o tratado como um puro garanhão, não foram misóginos com Lewinsky, que no fim foi a maior perdedora? O impeachment de Clinton não teria sido justiça para ela devido à posição de poder ocupada por Clinton? Como se sabe, a vida real é diferente da ficção e dos discursos cínicos. E é por isto que o show não pode parar, um dia é da caça e outro é do caçador.

  3. Qual foi a defesa dos democratas? Tratava-se de um pedido de impeachment com motivações políticas. Um erro não faz dois acertos, mas em toda esta história, quem é mais cínico e “tapado”, os republicanos ou os democratas? O impeachment de Trump serve para demonstrar pq não se pode perder a oportunidade, se eles tivessem deixado o caso passar sem fazer nada, hj a hipocrisia dos eleitores democratas não seria possível de ser exposta tão flagrantemente.

  4. Quando os republicanos pediram o impeachment de Bill Clinton, a impressão era que se tratava de puro mimimi, pois tal como hj, a economia voava e batia recordes. Juridicamente havia qq defeito no pedido? Não, ele atendia a todos os requisitos, inclusive pq Clinton mentiu perante o país mais de uma vez, inclusive dizendo primeiro que não houve sexo e depois dizendo que sexo oral não era sexo. Havia um vestido com semen do então presidente nele.

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