Adriano Machado/Crusoé

Wajngarten assume papel de guarda-costas de Bolsonaro na CPI da Covid

12.05.21 11:03

Ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, o advogado Fabio Wajngarten chegou à CPI da Covid com disposição para defender Jair Bolsonaro e suas ações no cargo. Aparentando nervosismo, Wajngarten apelou ao sentimentalismo, lembrou o episódio da facada contra o presidente e disse ter sido “uma honra” ajudar Bolsonaro “a mudar o país”. O ex-chefe da Secom disse que o presidente da República jamais pediu a realização de campanhas publicitárias e garantiu que atuou na área sem nenhuma interferência externa.

Wajngarten foi chamado à CPI para esclarecer sua participação nas negociações do governo federal com a Pfizer. Em agosto do ano passado, a gestão de Jair Bolsonaro rejeitou ofertas para a compra de vacinas do laboratório americano. “Minha atuação foi republicana e no sentido de ajudar”, disse o advogado.

Ele citou outros episódios em que teria atuado para colaborar com o governo além de suas atribuições, como pedidos de ajuda ao governo de Israel no desastre de Brumadinho e na articulação com a Rússia pela liberação de Robson Oliveira, motorista preso no país e libertado este mês.

O relator da CPI, Renan Calheiros, perguntou ao ex-chefe da Secom se as declarações de Jair Bolsonaro contra as vacinas, sobretudo a Coronavac, influenciaram as campanhas do governo federal. Wajngarten, mais uma vez, saiu em defesa do ex-chefe e defendeu a opção de Bolsonaro de não tomar a vacina.

“Convivi de perto com o presidente, eu imagino que ele queria aguardar o último brasileiro ser vacinado e tomar junto com o último brasileiro. Eu, na condição dele, faria a mesma coisa”, declarou.

Assim como o presidente da República, Wajngarten levantou suspeitas sobre a segurança e a eficácia da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan. “A Coronavac teve seus resultados adiados por quatro ou cinco vezes”, justificou.

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  1. Cada vez mais esses elementos se assemelham aos do governo petista. Bolsonóquio e Lularápio só têm uma diferença. O total de dedos.

  2. Cara de paaaauuu!! Ao vivo e à cores ! Praticamente desdizendo a entrevista que deu à Veja ... Depois da entrevista de ontem, é mudar da água para o vinho . Perfeito o enunciado da matéria , Helena !!

  3. É repugnante e incomoreensível ver em uma CPI um canalha, velhaco e um suspeitíssimo Renan Calheiros arguindo um jovem cidadão com toda certeza com uma carreira delitiva muitíssima menor em comparação ao velho em questão. Só aqui no fim do mundo mesmo

    1. Como diz o ditado: "ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão". Acho que todos os culpados devem ser punidos, sem exceções, mas antes disso, que cumpra o seu papel nessa CPI.

    2. Marcelo, achar repugnante é uma opção tua, mas é "chover no molhado". Não é porque o CN é cheio de corruptos poderosos dando as cartas que não devem julgar as cag...as do presidente preguiçoso e delinquente.

    3. Estou sinalizando que o processo está todo corrompido. Apenas isto. Não Absolvo o cidadão arguído.

    4. Repugnante eh ver Bolsonaristas por aqui solidarizando-se com mais um terraplanista que atrasou a contratação das vacinas e consequentemente a vacinação em massa permitindo que milhares de pessoas idosas e vulneráveis não conseguissem se proteger do vírus vindo a falecer por consequência de uma contaminação que poderia ter sido evitada se houvesse uma ação seria de compra imediata das vacina da Pfizer que estava disponível . Bolsonaro, Weingarten e Pazzuello são sim responsáveis por essa mortes.

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