Governo do Estado de São Paulo

Vigilância de canteiro abandonado do Rodoanel custa R$ 12,6 milhões

24.12.19 10:01

Com a construção do trecho norte do Rodoanel paralisada há mais de um ano em São Paulo, o governador João Doria, do PSDB, teve de contratar empresas de segurança patrimonial para vigiar o canteiro de obras abandonado pelas empreiteiras. Dois contratos para o serviço foram assinados neste ano pela Dersa, a estatal paulista responsável pelo empreendimento, com valor total de 12,6 milhões de reais.

A vigilância desarmada é feita por seguranças em guaritas e agentes motorizados, que circulam pelas instalações da obra, como escritórios de apoio, pela faixa de domínio, onde já foram abertas as pistas e construídos os túneis (foto) e as pontes, e pelas áreas desapropriadas ao longo dos seis lotes do empreendimento, que tem 47,6 quilômetros de extensão. As empresas contratadas são a Dunbar Serviços de Segurança e a Emax Segurança Patrimonial.

Doria herdou a obra parada da gestão de Geraldo Alckmin, do PSDB, e de Márcio França, do PSB, com metade dos contratos rescindidos. Em maio deste ano, o tucano rompeu os contratos restantes, alegando abandono do canteiro pelas empreiteiras. Entre as construtoras estão a OAS e a Mendes Júnior, que entraram em recuperação judicial após serem denunciadas por corrupção na Lava Jato.

Como revelou Crusoé em outubro, uma auditoria contratada pela Dersa concluiu que ainda restam cerca de 20% de obras civis, como a conclusão de pontes, o acabamento de túneis e a pavimentação da via. O custo adicional estimado para a conclusão do trecho norte, o último do Rodoanel, é de 1,7 bilhão de reais. A Dersa deve fazer uma nova licitação em 2020 e entregar a obra em 2022. O empreendimento já custou cerca de 10 bilhões de reais e deveria ter sido inaugurado por Alckmin em 2016.

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  1. O Doria parou os trechos que estavam quase prontos, de empresas que não estavam na Lava Jato, que não abandonaram as obras sem qualquer explicação no mínimo razoável. Ele deveria explicar por que parou.

  2. Obras no Brasil inteiro foram paralisadas, juízes semideuses com a necessidade de se firmarem no Olimpo, em "inaudita altera pars" resolveram fazer várias coisas simultaneamente, como prender executivos, confiscar o dinheiro das construtoras, tirar o crédito, suspender pagamentos devidos, enfim, o que nos resta é chamar os chineses, já pegaram obras brasileiras na Antártica, ainda criticam o Tofolli que disse o óbvio.

  3. Uma de tantas obras do eterno PSDB no governo de SP. Caso a lava jato paulista trabalhasse 30% da de Curitiba Alckmin, Serra, FHC e tantos deputados estaduais, secretarios, prefeitos, empresarios estariam hoje passando o Natal juntinhos em presidente Bernardes.

  4. Esse Alkmin o que t picole de.xuxu....quando será que vai tomar a "cana" que é merecedor....mas esse judiciario tem lei que nao acaba mais para bqnsido e ladrao....entao e mais um vigarista solto ....

  5. TEMOS que exigir do congresso a lei que institui o seguro de toda e qualquer obra pública no Brasil, que transfere a responsabilidade pelo término da obra para a seguradora, que arcará com as despesas para a conclusão da obra do próprio bolso, caso a construtora não termine, independente do motivo, como é feito nos EUA desde o inicio do século passado. Idéia apresentada pelo jurista Modesto Carvalhosa e ninguem no congresso levou esta idéia adiante. Não sei porque....

    1. Com a obra no seguro os contribuintes tem a garantia de que será concluida e sem atrasos; somos nós que pagamos.

  6. É claro que o contrato foi bem feito, com multa por qualquer desistência. Nossos burocratas são de altíssima qualidade. Mas, só para desencargo de consciência, eu gostaria de ver um desses contratos, ver qual valor, se é mesmo cobrado e quem que fica com a grana: estado, caixa dois ou caixa três.

  7. Esse Alckmin foi fera! Inaugurou a Tamoios com a obra crua. Não havia nem passarelas. Pintaram faixas de "Devagar Pedestre" nas pistas. Coisa absurda de país de 5° Mundo

    1. Cont... Logo ferros caíram barreiras, pistas foram fechadas... até hoje não terminaram

  8. Quando entenderemos que nós, o povo, sempre pagamos as contas, sejam dentro da eficiência e eficácia, mas também, e pior, da ineficiência, da ineficácia e da corrupção.

  9. Meu Deus, isso é descaso com dinheiro público, quanto as empreiteiras que abandonaram as obras irão devolver ao poder público. Cadê os gestores do Estado para acompanhar os trabalhos? Nosso dinheiro não é capim.....!

  10. Vai lá maqueadinho marqueteiro! Cada a sua gestão? Peça ajuda ao ministro Tarcísio que ele certamente resolve e te ensina.

  11. Brava gente brasileira , que as vezes vê sua geração ir embora e a maioria das obras se tornam quase eternas , quando acaba já está ultrapassada e precisa de novas alternativas , e com isso nosso dinheiro que entra fácil com a mais alta carga tributária ,pra manter governos gordos , corruptos ineficiente e com o maior índice de privilégios do mundo , e para o povo resta as filas intermináveis em hospitais , andar sem segurança e por aí vai.vai vai .

  12. Quando uma máquina e ou equipamento qualquer está parado, existe o que chamamos de custo improdutivo que é algo diferente de custo produtivo. Uma obra dessas paradas, este custo improdutivo assume valores ao longo do tempo a cifras absurdas. Não se pode abandonar a obra para eliminar esses custos, então tem que arcar com o prejuízo crescente. E o dinheiro público, ó...ó...ó...top, top, top!

    1. Além da tradicional roubalheira, ainda acontece isso daí. No caso da ferrovia transnordestina, a obra foi abandonada sem maiores explicações, sem maiores cerimônias. Obra do PT. No caso em tela, temos a corrupção do tucanato, que ainda não tem governador algum, um tucano de plumagem brilhosa, devidamente engaiolado. Enfim... é isso aí.

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