Reprodução/redes sociais

O voto fiel ao partido de Evo Morales e a desunião dos seus rivais

17.02.20 16:25

A primeira pesquisa eleitoral da Bolívia mostra o candidato lançado pelo ex-presidente Evo Morales, Luis Arce (foto), do Movimento ao Socialismo (MAS), na liderança, com 31% das intenções de voto.

Em seguida, aparecem Carlos Mesa, do Comunidade Cidadã (CC), com 17%, e a atual presidente, Jeanine Añez, da coalizão Juntos e Acreditamos, com 16%.

“Os 31% de Luis Arce refletem o ‘voto duro’ ao Movimento ao Socialismo. Esse número mostra que a saída de Evo Morales do país não afastou os eleitores mais fiéis”, diz o cientista político boliviano Renzo Abruzzese.

O dado mais relevante da pesquisa está na fragmentação dos partidos que fazem oposição ao MAS. “Um candidato único do bloco democrático ganharia do MAS por uma vantagem de mais de 21 pontos percentuais, o que asseguraria uma vitória no primeiro turno e uma maioria parlamentar”, diz Abruzzese.

Contudo, uma união entre os grupos de Carlos Mesa e de Jeanine Añez, segundo Abruzzese, seria quase um milagre. “O problema é que essas duas forças têm projetos opostos. Comunidade Cidadã, de Carlos Mesa, representa as classes médias do ocidente (altiplano boliviano). Juntos e Acreditamos, de Jeanine Añez, encarna os projetos das empresas da burguesia agroindustrial e comercial do oriente (mais próximos do Brasil). É uma situação muito complicada”, diz Abruzzese.

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