Casa Branca

O partidarismo nas decisões do impeachment de Trump

26.01.20 17:04

Na próxima semana, o processo de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), deverá incluir uma fase em que os senadores enviam perguntas por escrito. Em seguida, eles terão de decidir se aceitam ou não a convocação de novas testemunhas.

Para que a convocação de testemunhas aconteça, será preciso que mais da metade dos 100 senadores aprove a decisão. Como os democratas só contam com 47 votos, eles teriam de convencer quatro dos 53 republicanos de que é importante coletar mais depoimentos.

O debate não é novo. Quando o impeachment chegou ao Senado, os democratas enviaram onze moções pedindo a intimação de testemunhas. “O Senado já votou onze resoluções pedindo a convocação de testemunhas e a inclusão de evidências. Em todas elas, os pedidos foram barrados pelo placar de 53 republicanos contra e 47 democratas a favor. As votações seguiram rigorosamente as linhas partidárias”, diz o americano Richard Arenberg, professor de ciência política na Universidade Brown e especialista em Congresso americano e polarização política. “No impeachment de Bill Clinton, em 1999, quase todas as votações, incluindo aquela que absolveu o presidente, foram decididas com votos dos dois partidos para a opção vencedora.”

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  1. Trump é um canalha. O presidente mais desonesto, mentiroso e anti-democrático que os EUA já tiveram. Atenta contra os pilares da democracia americana, valores e princípios que forjaram aquela grande nação. A economia vai bem, não por seus méritos, mas quando tudo vai bem as pessoas se preocupam menos com política. Têm preguiça de votar. Tudo indica que Trump será reeleito. Esperemos que nos próximos quatro anos o estrago não seja muito grande. Depois, que venham os democratas arrumar a casa.

  2. Ia comentar certos cenários que se vislumbra, mas alguém já o fez e até com razoável análise. Resta dizer, em relação ao comentário de R.Arenberg, trazido pela matéria, que na era Clinton, o cenário global era dúbio, em relação à China e Rússia, e/ou os Senadores não estavam fechados em bloco como hoje. Ou então, Tio Bill não era tão indigesto como o foi Obama, que por sua própria figura, tocou em cordas sensíveis dos eleitores, especialmente do Meio Oeste/USA. Trump vence com folga.

  3. CONT... Ademais, o PD não tem uma forte liderança, tendo se tornado uma colcha de retalhos de várias tendências, desde Bernie Sanders (esquerdista, anti-capitalismo) até Michael Bloomberg (empresário, capitalista, de centro-direita), predominando entre eles os de visão "socialista", os "politicamente corretos", os "artistas", as várias tendências dos minoritários, sem qualquer unidade de propósito e comando. Apesar de refém de Trump, o PR é monolítico e bem radical.

    1. Tino — Permita-me discordar. A eleição será disputada palmo a palmo, tal como sempre foi nos Estados Unidos. Há sim grandes chances dos democratas vencerem. Nos dos partidos, eles brigam durante as primárias, mas depois se unem no embate final. Para mim, os votos das minorias (latinos e negros) e dos jovens decidirão a eleição a favor dos democratas. Há uma mobilização enorme destes grupos para participar das eleições (dado que o voto não é obrigatório) e enviar o Trump para casa.

    2. A tendência geopolítica é de radicalismo político nos países, para enfrentar as gigantes pressões de China e Rússia, os terrorismos, os refugiados, as hordas de excluídos pela globalização; além da eterna bandeira do esquerdismo, latino-americano sobretudo. Mesmo na UE se espera um maior endurecimento, mesmo que "light" em alguns países mais social-democráticos.

    3. Os próximos 4 anos de Trump serão 2 de ativismo, realizações, e também choques, sendo os 2 últimos anos de Lame Duck (Pato Manco), ou seja, Presidente em fim de mandato, com o poder minguando. Restaria saber quem seria o candidato a ser ungido por Trump. O PD não tem ninguém desde hoje. As chances futuras ainda são do PR.

  4. Trump será absolvido, sem dúvida alguma, e deverá ganhar a reeleição. Apesar de seus métodos truculentos, internos e externos, não se pode negar sua habilidade em explorar a fratura política em que vive o país. Fratura por culpa dos dois partidos, sobretudo pelo radicalismo do PR a partir do Tea Party. O radicalismo passou a ter voz forte na política local (mundial também). Hoje o PR tornou-se refém de Trump. Além disso, a Economia está muito bem, e isso conta muitíssimo. CONT...

  5. Será partidário no Senado, como foi na Câmara. Democratas desde o início do mandato tentando inventar motivo para não aceitarem o resultado das urnas. Parece até o PT. O resultado é que a surra de Trump só será maior, pois agora todos sabem que a administração Obama colocou o filho do Vice mamando na Empresa Ucraniana. Vão tirar Tump do Governo porque exigiu investigação sobre a falcatrua? O povo americano vai mostrar nas urnas...

    1. Rafael, larga de ser mentiroso. Todas as acusações contra Trump estão mais do que provadas, por isso eles não querem que altos funcionários do governo deponham. Os democratas não estão inventando nada. A linha de defesa republicana sim, nos faz lembrar do PT. É górpi, lembra. Trump, como Lula, é a alma mais honesta do mundo. Mas rebater as acusações que é bom, nada.

  6. Uai, a Crusoé queria o que? Os republicanos dando um tiro no próprio pé (ou talvez no umbigo) e dando o impeachment do Trump de bandeja para os Democratas e de lambuja a eleição deste ano? Tenham a santa paciência.

  7. O julgamento é sempre político, nunca legal. Se fosse legal, o Trump já teria saído. Agora não sei se os republicanos se sustentarão nas próximas eleições se eles ignorarem a ampla evidência contra o Trump. A gravação que está circulando por aí mostra quero cara estava maluco mesmo. Até parece um certo presidente de Pindorama!

    1. Gustavo. Estou raciocinando direito sim. De tal forma que já fiz a minha projeção sobre o que vai acontecer. Qual a sua predição?

    2. Vc não está raciocinando direito.. O julgamento é político e político será . O q vai acontecer depois ninguém sabe..

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