Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-radialista que engrossa a voz para defender Bolsonaro na CPI

01.05.21 14:02

Quando a CPI da Covid começou, o senador Ciro Nogueira, do Progressistas, foi apontado como o comandante em potencial da tropa de choque do governo na comissão. Há mais de uma década no Senado, o líder do Centrão tinha a seu favor uma vasta experiência na tarefa de blindar aliados e o fato de cultivar uma boa relação com o relator da comissão, o senador Renan Calheiros. Mas, assim que os trabalhos foram abertos, outro parlamentar resolveu tomar a dianteira no papel de principal defensor do Planalto na CPI: Marcos Rogério, do DEM.

Ex-radialista, o senador por Rondônia bateu boca com Renan, fez marcação cerrada sobre o presidente da comissão, Omar Aziz, e já conseguiu obstruir a votação de requerimentos incômodos para o governo, como a convocação do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten. Após duas reuniões, Rogério conseguiu arrancar elogios no Palácio do Planalto, enquanto que a atuação de Ciro Nogueira foi considerada “decepcionante” pelo governo, principalmente por, logo na largada da comissão, ter votado em Omar Aziz e não em Eduardo Girão, nome tido como mais palatável ao bolsonarismo, na eleição para a presidência da CPI.

Marcos Rogério tem 42 anos e, antes de debutar no Senado, foi vereador de Ji-Paraná, em Rondônia, por dois mandatos. Também foi deputado federal por duas legislaturas. Formado em jornalismo e direito, o parlamentar ganhou fama como  repórter de TV. Além de atuar em uma afiliada da Rede Globo, ele trabalhou no Sistema Gurgacz de Comunicação, que, como o nome sugere, é ligado ao senador Acir Gurgacz, do PDT, um de seus padrinhos políticos.

Líder do DEM no Senado, Marcos Rogério é próximo de Davi Alcolumbre e foi um dos cotados para suceder o ex-presidente do Senado na eleição de fevereiro. No Planalto, alguns aliados do presidente Jair Bolsonaro já demonstram arrependimento pela aposta em Rodrigo Pacheco, em detrimento de Rogério.

Na Câmara, o parlamentar ganhou projeção política como relator do processo de cassação de Eduardo Cunha em 2016. Nas últimas eleições, o senador declarou um patrimônio de 1,3 milhão de reais, que inclui uma aeronave, terras rurais e uma SUV de luxo. Na campanha ao Senado, ele levantou bandeiras alinhadas a Jair Bolsonaro, como a defesa da família e do projeto Escola sem Partido. Na CPI, como já está mais do que claro, o senador pretende se consolidar como um bolsonarista de carteirinha.

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  1. E qual é o problema? Bolsonaro não pode ter defesa na CPI? Ou a Crusoé só aceita seu indiciamento como resultado?

  2. Acredito que Tem milhares de assinantes querendo cancelar assinaturas. a CRUSOE virou antro de esquerdistaS. Daqui a pouco afunda (esgoto) como costumam dizer. É uma pena havia começado bem

    1. MITO MITO MITO MITO MITO !!!!!!!!!!!!!!!!!!! INTERVENÇÃO FEDERAL JÁ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    2. Takagado mugindo como sempre. E o Joãozinho? Vocês dois formam um belo casal! Um muge, o outro zurra! Sinfonia imperfeita!

  3. Grande Marcos Rogério! Pela Defesa da Família e Escola sem Partido, já merece muitos aplausos. No Ceará tem escola incentivando a masturbação infantil, uma monstruosidade ideológica da esquerda.

    1. Nyco Penico fazendo o que sempre faz: zurrando asneiras e fake news. Por sinal, você sabia que o teu dono não quer assinar a lei que desapropria as terras daqueles bozistas que construíram fortunas na base do trabalho escravo? Você já imaginou? Ele não quer punir com rigor os escravocratas modernos. Você quer uma aberração ideológica maior do que esta? Nyco Penico, volte para o teu esgoto!

  4. Este senador faz parte da bancada da grilagem, os financiadores do Bozo. Ele não se garantirá quando as gravações com as pérolas do Bozo sobre a pandemia ser amplamente divulgado. Não sobrará nenhum senador para apoiar o governo. Aguardem!

    1. Um radialista que é dono de terras,aeronave e carro de luxo. Imagina o que ele tem de dinheiro público no exterior. Safado igual ao seu mito. Nojo mesmo.

  5. A política e a justiça no Brasil, é arte de sempre querer o que for pior para o Brasil. O pior era Rodrigo Pacheco, então vamos com o mineiro. Mas Pacheco não foi tão ruim para os brasileiros, se mostrou sensato em algumas questões, então não serve. O Aras e outros cretinos, disputam para mostrar para o Bolsonaro, quem vai ser o pior para o Brasil como ministro do STF. Quem vai estrupar mais a constituição, como fez o Lewandowski. Quem vai mudar de voto sem justificativa, como fez a Carminha...

  6. Em 2004, já havia um estudo agrário dizendo que a fronteira agrícola já havia alcançado a o limite da necessidade para a produção e que na Floresta Amazônica poderia ser implementada o sistema de manejo sustentável até para os povos indígenas e ribeirinhos. Me parece que a filosofia do ministro de Passar a Boiada e manter a porteira aberta, será um desastre ambiental, pois não há critério nenhum.

  7. Ah esses comunicadores , a oratória pode ser cívica, política ou religiosa se souber o alvo, é quase imbatível, feliz ou infelizmente. Depende da posição que que o comunicador está, não é mesmo? Desta em particular, gostaria que estivesse malhando a ferro frio o PR.

    1. O que vejo nos comentários , é grande semelhança com os posts das redes sociais. parlamentares se degladiando com palavras indignas para um ser humano. LAMENTÁVEL!

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