Eduardo Anizelli/Folhapress

Lava Jato investiga relação de repasses da Oi para Lulinha e compra de sítio em Atibaia

10.12.19 14:01

Na nova fase deflagrada nesta terça-feira, 10, a Operação Lava Jato investiga a relação entre repasses de 132 milhões feitos pelo Grupo Oi/Telemar para a empresa Gamecorp, do filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva, e a compra do sítio em Atibaia, que rendeu ao petista sua segunda condenação na Lava Jato recentemente confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

A relação entre a empresa de telefonia e o famoso imóvel foi descoberta graças às quebras de sigilo bancário dos investigados e aos documentos encontrados pela Lava Jato ao longo de suas dezenas de etapas. A partir do vasto material, os investigadores constataram a coincidência de datas de alguns repasses do Grupo Oi/Telemar para empresas ligadas a Jonas Suassuna e à compra do imóvel por ele. Suassuna é um dos donos oficiais do sítio frequentado por Lula até a Lava Jato desarticular o esquema de corrupção envolvendo o petista. Ele também é um dos sócios de Lulinha na Gamecorp junto com Fernando Bittar (o outro dono oficial do sitio em Atibaia) e seu irmão Kalil Bittar.

A conta bancária utilizada por Suassuna para pagar pelo sitio foi abastecida com repasses de empresas do Grupo Gol, a principal companhia dele, logo antes da compra. Estas empresas, porém, receberam vultuosos valores do Grupo Oi/Telemar, segundo a investigação.

“Relata o MPF que grande parte dos recursos recebidos pelas empresas PJA Empreendimentos LTDA e Goal Discos LTDA (empresas do Grupo Gol) é oriundo do Grupo Oi/Telemar. Mais do que isso, há fundadas suspeitas que parte substancial de tais repasses foram feitos sem qualquer justificativa econômica plausível, ao tempo em que o Grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados pelo Governo Federal, inclusive durante a gestão do ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva”, assinala a juíza federal Gabriela Hardt na decisão que autorizou a Operação Mapa da Mina.

Além disso, a Lava Jato constatou que o sitio frequentado pelo petista teve uma antena de transmissão da Oi instalada em tempo recorde em 2011 e sem o devido alvará de licença do município.

“Suspeita o MPF que a antena tenha sido instalada somente para favorecer o ex- presidente, destacando que, ao tempo dos fatos, o Grupo Andrade Gutierrez era o controlador da Oi e que o referido grupo estaria envolvido no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás”, segue a magistrada na decisão que autorizou a operação.

Em novembro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo as benfeitorias feitas no sítio em Atibaia por empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobrás. O tribunal também aumentou a pena do petista de 12 anos e 11 meses  para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão.

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  1. Mas, está façanha já era de conhecimento público! As fazendas no Araguaia, a Oi já estava na boca do povão! Só, se, os fatos probatórios só foram anexados ao processo recentemente. Onde há fumaça há fogo!

  2. Todo mundo já sabia dessa anomalia do Luladrão e sua ORCRIM com desvio de dinheiro público.....só faltava vir a tona....e agora veio......e simplesmente o maior ladrão do mundo anda livre, leve e solto.......isso é Brasil......FFAA já.

  3. Nossa vão rechear de provas , ainda mais , o processo do Lula do sítio de Atibaia...!!!! 👏👏👏agora o falso profeta pega 30 anos !!!!

    1. Se realmente existe o Inferno de Dante, Rodrigo Maia e Alcolumbre irão queimar ali por uma eternidade.

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