Juiz manda bloquear R$ 42 mi de pivô do esquema Witzel e de outros dois investigados

30.09.21 13:01

O juiz da 10ª Vara da Fazenda Pública do Rio, Bruno Bodart, determinou o bloqueio de 42 milhões de reais do empresário Mário Peixoto, e outros dois investigados por supostas fraudes em contratos com entidades ligadas à área de educação do governo do Rio.

A ação tem como base investigações da Lava Jato. Peixoto é apontado como o controlador de empresas que firmaram contratos com a Fundação de Apoio à Escola Técnica e o Centro de Educação à Distância do Rio, ambos dirigidos por Gilson Carlos, que também foi ex-funcionário de Peixoto e velho conhecido dos investigadores por ter participado de outros esquemas ao lado do empresário.

Gilson Carlos tinha o papel de fraudar as licitações para que Peixoto se sagrasse vencedor. As fraudes teriam provocado o prejuízo de 14 milhões de reais aos cofres públicos – a multa estipulada pela Justiça é de três vezes o valor. Além de bloquear os bens de Peixoto, de Gilson Carlos e de outro funcionário do empresário, o juiz também proibiu liminarmente que a empresa sob suspeita de ser beneficiada pelas fraudes firme contratos com o poder público.

Em maio do ano passado, Peixoto chegou a ser preso por supostos desvios na Saúde do Rio. Ele mantém contratos em diversas áreas desde a gestão de Sérgio Cabral, do MDB. Ele é suspeito de atuar de maneira velada pelo Iabas, entidades contratada pelo governo Wilson Witzel para a construção de hospitais de campanha em meio à pandemia que nunca saíram do papel. Durante as investigações, a Lava Jato também descobriu que empresas de Peixoto tinham contratos com o escritório de advocacia da então primeira-dama Helena Witzel.

A defesa de Mário Peixoto nega a existência de irregularidades e diz ser impertinente a ação que levou ao bloqueio.

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