USAF via Wikimedia Commons

Itamaraty tira brasileiros do Haiti de helicóptero

10.04.24 17:46

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) brasileiro anunciou a retirada de sete brasileiros do Haiti, de helicóptero, nesta quarta-feira, 10. Eles estariam no país, que é afetado por uma crise de anomia social e política, agravada nos últimos meses com a renúncia do então presidente Ariel Henry, e o comando de milícias na capital, perante um Estado impotente.

“Os nacionais partiram em dois voos de helicóptero rumo à cidade fronteiriça de Jimaní, na República Dominicana, onde foram recebidos por funcionários da Embaixada em São Domingos e trasladados até aquela capital”, indicou o Itamaraty, em nova oficial.

Ainda no grupo estaria uma oitava pessoa, uma senhora alemã idosa, retirada pelo Brasil por razões humanitárias.

As gangues que dominam a capital, Porto-Príncipe, já dominavam grande parte da cidade e, no início de março, deram mais uma demonstração de força ao invadir uma das principais cadeias do país e liberar mais de 4.000 criminosos.

No meio da situação de emergência do país, o líder dos criminosos afirmou que Henry teria de renunciar para evitar uma guerra civil no país. O mundo passou então a conhecer Jimmy Chérizier, o violento miliciano conhecido como “Barbecue”. Ele conseguiu a renúncia de Henry tão rápido quanto pediu, e o país. Há mais de um mês, o país segue sem chefes de governo ou Estado.

O governo brasileiro disse que ainda há um grupo de 59 brasileiros que foram identificados pela embaixada no Haiti que ainda estariam no território haitiano, mas que escolheram “permanecer no país ou optaram por sair por meios próprios”. Países como os EUA já organizaram operações para retirar seus cidadãos do país, à medida que a crise social avança pelo Haiti.

Assista e ouça no podcast Latitude: A ONU e o Brasil voltarão ao Haiti?

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