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Defesa diz que hacker está há mais de 200 dias preso e pede soltura

18.01.20 10:00

A defesa do ex-motorista de Uber, Danilo Cristiano Marques (foto), um dos indiciados pela Polícia Federal por envolvimento nos ataques hacker a centenas de autoridades voltou a pedir a soltura de seu cliente à Justiça Federal em Brasília. Desta vez, a defesa de Marques, que é representado pela Defensoria Pública da União, argumenta que ele já completou 200 dias preso, o que extrapolaria o prazo razoável para a prisão preventiva.

O pedido foi encaminhado para o Ministério Público Federal se manifestar antes de o juiz do caso decidir.

Marques foi detido ainda na primeira fase da operação, em 23 de julho de 2019, e está preso desde então. Sua defesa chegou a solicitar a liberdade tanto na primeira instância quanto no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, durante o recesso forense, entre os dias 20 de dezembro de 2019 e 6 de janeiro de 2020, mas teve os pedidos negados nas duas instâncias. Além do pedido protocolado nesta semana, Marques aguarda agora a análise de mérito da solicitação negada pelo TRF-1, o que só deve ocorrer a partir de fevereiro, quando a corte retoma sua rotina de julgamentos.

As investigações revelaram que ele atuava como testa de ferro do hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho e que foi um dos responsáveis pelas invasões nas contas de Telegram de centenas de autoridades, incluindo a do coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.

De acordo com a PF, Danilo Marques disponibilizou sua conta bancária para Vermelho movimentar dinheiro e até comprou dólares para ele. O ex-motorista ainda emprestou seu nome para o hacker, que já era procurado pela Justiça por outros crimes, alugar um imóvel e contratar serviços de internet. Marques atuou junto com Delgatti nos golpes bancários aplicados pelo grupo criminoso. Diante disso, a PF o indiciou por organização criminosa e interceptação ilegal de conversas.

Para sua defesa, porém, ele não teria atuado diretamente no roubo de informações de autoridades e, por isso, sua permanência na prisão não se justificaria mais, passados cinco meses da primeira etapa da operação. Atualmente, dos seis indiciados pela Polícia Federal, apenas Marques e o programador Thiago Eliezer Martins, conhecido como Chiclete, seguem presos.

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  1. Está mais do que provado: o crime compensa. Pode-se roubar, matar, dar golpe em idosos, que nada vai acontecer. A impunidade no Brasil é uma vergonha!

  2. Esses vagabundos e criminosos no Brasil querem privilégios, tratamentos especiais se fosse em pais sério onde a lei impera eles iriam apodrecer na masmorra! Vendendo seus crimes para comunistas porcarias para desestabilizar uma nação e ainda acham pouco!!! Manda para a casa da Manuela comunistinha malandra caviar!

  3. Todos os bandidos dessa quadrilha sabiam muito bem o porquê dos crimes que praticaram, sua dimensão, quem seriam os beneficiados, o quê e quem queriam atingir. Cadeia é o mínimo. Criminosos.

  4. Esses crimes que envolve TI, são muito complexos e exigem uma investigação mais acurada, portanto pedimos ao defensor desses bandidos cibernéticos que tenha mais paciência e espere mais um pouco. Ele aguenta!....

  5. Quem mandou não ser político? Aí pertenceria à elite dos amigos dos amigos dos parças e teria entrado por uma porta da cela e saído pela outra!

  6. Hoje juiz tem que ser corajoso para fazer justiça. Já já alguém denúncia esse juiz por abuso de autoridade. Os poderosos estão contando com a covardia do judiciário.

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