Divulgação/Alesp

CPI quebra sigilo de suspeitos de receber propina em fábrica de remédios de SP

03.09.19 20:06

A CPI que investiga irregularidades na fábrica de remédios da Furp, estatal do governo de São Paulo, aprovou nesta terça-feira, 3, a quebra do sigilo telefônico de três ex-servidores suspeitos de terem recebido propina da Camargo Corrêa durante a construção da unidade em Américo Brasiliense, no interior paulista.

A medida atinge o ex-superintendente Flávio Francisco Vormittag, o ex-assistente técnico de engenharia Ricardo Luiz Mahfuz e o ex-gerente Adivar Aparecido Cristina, todos citados na delação premiada da empreiteira fechada com o Ministério Público de São Paulo.

Autor do pedido, o presidente da CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (foto), Edmir Chedid, do DEM, suspeita que, mesmo após deixarem seus cargos, os ex-dirigentes continuaram tratando de questões relacionadas à fábrica com executivos da Camargo Corrêa, empreiteira que liderou o consórcio responsável pela obra de 124 milhões de reais.

Segundo a delação, que ainda é mantida sob sigilo pela Promotoria, a Camargo pagou propina aos agentes públicos para que a Furp desistisse de recorrer de uma ação de cobrança na Justiça e pagasse um valor referente a um suposto prejuízo da empreiteira com o contrato.

Em 2013, a Furp abriu mão do processo e aceitou pagar cerca de 22 milhões de reais em 48 parcelas para o consórcio da Camargo Corrêa. Delatores da empreiteira relataram que o acerto só foi possível mediante pagamento de propina a Vormittag e Mahfuz, com o auxílio de Adivar Cristina. Em depoimento à CPI, os três ex-dirigentes da fundação negaram as acusações.

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  1. Este país apodreceu literalmente na última década. Neste caminho infelizmente muito foram para o alem. Precisamos construir mais presídios... vão faltar vagas...

  2. Esses cenários paulistas coincidem com os cenários a nível federal da época do FHC. Acho que o PSDB padronizou e não mudou!

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