Agência Senado

Com shows sob investigação, Goiás não fará festa de réveillon

28.12.19 13:51

O governo de Goiás não realizará a tradicional festa de réveillon no estádio Serra Dourada. A decisão foi tomada enquanto são feitas investigações do Tribunal de Contas e do Ministério Público do estado sobre os gastos com shows musicais nas edições mais recentes do evento.

Em despacho, o Tribunal de Contas de Goiás destaca a necessidade de a agência estadual de turismo, a Goiás Turismo, suspender a realização de novos shows, “bem como a descentralização de recursos financeiros mediante convênio para o mesmo fim, até a conclusão e deliberação acerca da auditoria especial”.

Em 2016, o governo de Goiás pagou ao cantor Gusttavo Lima 550 mil reais de cachê para se apresentar na festa de réveillon no Serra Dourada. No ano anterior, o governo contratou o show Cabaré, do também cantor sertanejo Leonardo, por 850 mil reais.

Em nota oficial, o governador Ronaldo Caiado (foto), do DEM, ressaltou que enfrentou uma “grave crise fiscal” neste ano e que são prioridades “pagamento de dívidas herdadas de gestões anteriores, recuperação da malha viária estadual, retomada de obras paradas há anos, e quitação da folha dos servidores estaduais, dentre outros.”

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  1. Quem tem que promover shows e eventos é o setor privado, auxiliado pelo Estado em questões que estão fora do escopo da iniciativa privada, como segurança. Só assim a atividade pode se tornar sustentável. Se o problema é que o tipo de espetáculo não se auto-financia, então que se recorra à filantropia. O que não falta hj no mundo é gente rica com dinheiro suficiente para promover o mecenato.

  2. Cria um sistema de GANHADORES e PERDEDORES, pois ou o sujeito alcança um patamar que só uns poucos conseguem ou ele nunca tem condições de sair do lugar e ganhar a vida, mesmo que modestamente, com o fruto de um trabalho que lhe traz satisfação. Fora isto, passou da hora da classe "empresarial" brasileira parar de viver às custas do Estado. Adoram falar que os impostos são elevados, mas vivem de correr atrás de subsídios públicos para suas atividades.

  3. Como qq indivíduo na face da Terra sabe, entre um cachê de 10 mil reais e um de 850 mil há todo um universo de possibilidades que podem constituir um mercado. Há artistas que não tem toda uma entourage e show elaborados, mas que são competentes o suficiente para entreter as pessoas a um custo bastante acessível, mas que não podem fazer isto pq inexiste um mercado diversificado que vá desde os shows e eventos de massa aos de nicho. Quando o Estado mata o mercado é isto o que ele faz.

  4. Começando pelo simples fato de que o Estado não está nem um pouco preocupado com eficiência e lucratividade, ou seja, sustentabilidade. O lucro é a medida de sustentabilidade de um mercado, se não há lucro, então que condição há de qq mercado, indústria ou empresa se sustentar? A fonte de recursos do Estado é seu poder imperial e coercitivo, enquanto que em um sistema de mercado concorrencial a receita deve ser alcançada via nível de atendimento das demandas e necessidades do cliente.

  5. Claro, desde que o Estado não trabalhe para inviabilizar a formação de um mercado e de uma cadeia produtiva no entorno deste. Traz-se artistas estrangeiros pagos em dólar e não há a oportunidade de um mercado de shows, eventos e conferências no país empregando milhares de pessoas? Qq mercado decente é constituído por um know-how embutido nele e na cadeia produtiva que o sustenta. É mais do que óbvio que a lógica de Estado foge destes elementos.

  6. Livre iniciativa e autonomia, o cidadão quer fazer festa e se divertir? Está livre para fazer com o seu próprio dinheiro e através dos seus próprios esforços, circo não pode jamais ser a prioridade de um Estado eficiente e probo. Portanto, pode parecer uma coisa sem importância, mas com valor simbólico elevado e uma oportunidade política. Além do mais, se o Estado é capaz de arregimentar os elementos para realizar um espetáculo, então a iniciativa privada tem todas as condições para isto.

  7. Apesar de a famosa frase "O Brasil não é um país sério" ser erroneamente atribuída a Charles de Gaulle, isto não quer dizer que ela não tenha um GRANDE FUNDO DE VERDADE, o Brasil não é um país sério, pelo menos não até agora. Com a mudança de ventos, há uma janela de oportunidade para aqueles que tem tanto uma visão quanto uma atitude mais pragmática e focada em resultados, sem recorrer à muita conversa furada, diversionismo e circo para passar a lábia no povo.

  8. Enquanto corpo político, o DEM é o somatório daquilo que cada um dos seus membros detém de credibilidade perante a população. Trata-se da questão de se sobrepor a imagem que é vendida aos eleitores com a imagem que estes fazem do partido e dos candidatos do DEM. Em síntese, trata-se de credibilidade e reputação. O DEM, enquanto partido de centro com um discurso menos populista e mais pragmático, deveria se esforçar para exigir de seus "consorciados" uma conduta condizente com a imagem vendida.

  9. Foi esta história que o levou à presidência da república, ou seja, mesmo que Bolsonaro não tivesse consciência, ao longo dos anos ele acumulou um tipo de capital político que foi útil exatamente quando toda a classe política estava queimada. Há a crença de que se esperar coerência de político é pedir demais, mas isto não significa que não se possa ter consistência. Além do mais, em um contexto maior e partidário, pode-se pensar em um forma de capital político agregado.

  10. Portanto, Caiado fez uma escolha e daqui em diante é melhor seguir este padrão, assim ele passa a ter uma marca registrada dentro do estado. Fora isto, para reforçar a msg e a imagem, sem dúvida alguma que seria auspicioso que qq irregularidades viessem à tona, mesmo se fossem mixaria, menos pela questão do combate à corrupção, mas pelo ganho político. Os detratores de Bolsonaro podem falar o que quiser dele, mas a história dele é de um sujeito que andou à margem do sistema.

  11. Qq político que assuma um compromisso público com seus eleitores e trabalhe para cumprir suas promessas, vai ficar se apoiando em shows para manter sua popularidade, ainda mais quando há crise fiscal e escassez de recurso. Nada nesta vida é absoluto, é mera questão de se fazer leitura da conjectura e responder a ela adequadamente. No entanto, o problema deste tipo de coisa é que uma vez que passou um boi, passa uma boiada, o sujeito fez uma vez, aí passa a ter a obrigação de fazer sempre.

  12. Mesmo que haja alguma evidência de corrupção nas festas de réveillon, não deve ser algo substancial. No entanto, este parece ser o tipo de situação em que o peso simbólico é elevado, uma vez que trata-se de demonstra ao povo que eles são TROUXAS. É a epítome da fórmula pão é circo, enquanto o povo se "diverte", os CORRUPTOS aproveitam para meter a mão em dinheiro público. Além do mais, este tipo de estratégia não passa de demagogia barata, é coisa de quem não tem compromisso.

  13. E os cantores não tem vergonha de sabedores do estado das finanças dos governos seguem fazendo shows! Deveriam ter conciencia patriótica e somente aceitar shows pagas por entidades privadas !

  14. Esse governador é consciente, lazer pode ficar para depois quando as prioridades estiverem em ordem, fiquem em casa tranquilo "bem faz quem em sua casa fica em paz". FELIZ ANO NOVO A TODOS.

  15. Todos os governantes deveriam agir dessa forma. Chega de pão e circo de graça. Quem quiser ver show que pague, pois o dinheiro dos cofres públicos não é para isso.

  16. Os políticos adoram tratar a plebe ignara com pão e circo. Ronaldo Caiado não se encaixa nesse meio. É um político sério, comprometido com uma gestão honesta e desenvolvimentista. Parabéns, governador!

  17. São mesmo chega de circo para o povo onde fazem uma festa de 8 horas e fica o resto do ano na mingua. O povo também tem de acordar para esses eventos e migalhas que os governantes nos oferecem.

  18. ÓTIMA MEDIDA TOMADA POR RONALDO CAIADO! Ele sabe que se não tomar medidas drásticas contra os gastos públicos, seu estado tornar-se-á inviável economicamente como o estado governado por Crivella! Todos os guineenses aplaudirão o senhor governador atual!

    1. Amigo entendi seu comentário. Mas Crivella e prefeito do Rio. O governador do estado e o Witzel

  19. ÓTIMA MEDIDA TOMADA POR RONALDO CAIADO! Ele sabe que se não tomar medidas drásticas contra os gastos públicos, seu estado tornar-se-á inviável economicamente como o estado governado por Crivella! Todos os guineenses aplaudirão o senhor governador atual!

  20. É isso mesmo Caiadão, nessa horas é preciso muito rigor com as contas públicas. Será muito criticado por alguns, mas continue em frente, firme.

  21. Governo nenhum deveria gastar dinheiro com apresentação artística de qualquer espécie, nem com estádios, casas de show, etc. Cultura é importante, mas tem que seguir o mercado, sob pena de manipulação ideológica e desvio de verbas..

    1. campeão nessa matéria foi o deputado Sandro Mabel;é isso aí governador,acaba com a farra

    2. Parabéns Governador. Sempre admirei o senhor na Congresso e não me admiro de continuar persistindo na honestidade.

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