Marcos Corrêa/PR

Bolsonaro engorda emendas de bancadas estaduais para 2021

03.09.20 17:24

O orçamento de 2021 será marcado por um período de vacas magras, após a abundância de recursos desembolsados pelo governo Jair Bolsonaro para fazer frente à pandemia do novo coronavírus. Alheios ao cenário de ajuste fiscal, porém, os parlamentares da Câmara e do Senado viram seu orçamento para emendas impositivas engordar em 6,2% em relação ao disponibilizado em 2020, totalizando 16,3 bilhões de reais. 

O maior ganho ficou por conta das bancadas estaduais, que abocanharam o valor de 6,7 bilhões de reais, o que representa um aumento de 12,6% em relação aos 5,9 bilhões reservados no projeto de lei orçamentária encaminhado pelo governo no ano passado, segundo uma análise técnica feita pelo Congresso.

“Caso seja mantida a regra de distribuição do PLOA 2020, os 6,7 bilhões de reais serão repartidos igualmente entre as bancadas estaduais, o que resultará em valor máximo de 247.193.166 de reais por bancada (divisível entre 15 a 20 emendas, a depender do tamanho da bancada)”, diz o documento.

Já os 9,7 bilhões de emendas individuais resultam em 16,2 milhões de reais para cada um dos 594 parlamentares, divididos em até 25 emendas. Ao contrário do destinado às bancadas estaduais, o valor para emendas individuais é praticamente o mesmo que o indicado no ano passado pelo governo, de 9,5 bilhões de reais, sendo corrigido apenas pela inflação. Na semana que vem, o Ministério da Infraestrutura deve se reunir com parlamentares que representam seus estados para articular a alocação destes recursos. 

Coordenador da maior bancada estadual do Congresso, o deputado Vinícius Poit, do Novo de SP, disse a Crusoé que não soube com antecedência que os recursos para os colegiados estaduais seriam engordados. O parlamentar orientou sua equipe a “olhar com lupa” o orçamento para emendas.

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