Marcos Corrêa/PR

A razão por trás do elogiado discurso de Bolsonaro no Mercosul

04.07.20 16:15

Diplomatas relataram a Crusoé que se surpreenderam positivamente com o tom conciliatório adotado pelo Brasil nos discursos do chanceler Ernesto Araújo e do presidente Jair Bolsonaro durante a Cúpula do Mercosul, realizada de forma virtual pela primeira vez nesta semana.

O pronunciamento de Bolsonaro na quinta-feira, 2, que abordou as prioridades do país e fugiu de polêmicas, destoou de outros discursos proferidos pelo presidente considerados “desastrosos” por integrantes do Itamaraty, como o da sessão de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas no ano passado e o entoado durante o Fórum Econômico Mundial, em janeiro de 2019.

O discurso do presidente foi baseado em informações prestadas pela equipe da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas do Itamaraty, e teve o dedo do embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva (na foto, o último à direita). Já o chanceler escreveu de próprio punho somente o trecho final de seu pronunciamento.

Em encontros anteriores, Araújo costumava definir o inteiro teor de seus discursos e ainda improvisava no momento da fala, o que surpreendia até mesmo seus auxiliares diretos.

O textos do presidente, até então, eram burilados ou às vezes até refeitos pelo próprio chanceler e pela assessoria internacional do Planalto, comandada pelo olavista Filipe Martins. 

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