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A confusão nas contas do Twitter do presidente dos EUA

23.12.20 08:51

Um dos imbróglios das trocas de presidentes americanos dos últimos tempos é se o novo presidente, ao ser empossado, tem o direito de herdar os seguidores da conta do Twitter do presidente dos Estados Unidos (@POTUS, na foto).

Durante o governo de Barack Obama, o Twitter criou a conta institucional @POTUS para o presidente dos EUA. As iniciais são para “president of the United States”. Após a eleição de Donald Trump, no final de 2016, Obama foi obrigado a ceder os 14 milhões de seguidores da @POTUS para seu sucessor. As antigas mensagens publicadas por Obama ficaram arquivadas em uma conta separada, com outro nome. O mesmo destino tiveram outras contas institucionais criadas pelo Twitter, como @WhiteHouse, da Casa Branca; @FLOTUS, da primeira-dama, @PressSec, da secretária de imprensa e @VP, para o vice-presidente.

Desta vez, a rede social decidiu que a equipe de Joe Biden poderá usar as contas, mas não herdará automaticamente seus seguidores. Assim, o presidente eleito, que tem 21 milhões de seguidores, não receberá de imediato os 33 milhões que hoje seguem a conta @POTUS. Essas pessoas serão informadas de que a conta será arquivada. A elas será dada a opção de seguir a conta do presidente novo, com o nome antigo: @POTUS.

“O que mais me estranha nessa história é que o Twitter criou uma segunda regra para uma segunda transição. Certamente serão feitos questionamentos se as decisões da rede social serão sempre casuísticas”, diz o analista de dados André Eler, da consultoria Bites.

Outra questão é se faz sentido o presidente dos Estados Unidos ter uma conta institucional. Em seus quatro anos de mandato, Donald Trump preferiu usar a conta que ele já tinha como empresário, a @realDonaldTrump, hoje com 88 milhões de seguidores. A audiência é mais de duas vezes maior que o número de seguidores da conta @POTUS.

Joe Biden, assim, poderia seguir na mesma toada de Trump e relegar a conta institucional a segundo plano. “O Twitter é uma rede muito móvel, em que seguir e deixar de seguir é muito fácil. Só em novembro, mês da eleição, Biden ganhou 8,5 milhões de seguidores. Ele provavelmente não teria problemas para se comunicar com a população usando sua conta pessoal”, diz Eler.

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