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União terrorista: Farc e ELN na Venezuela

05.07.19 15:39

Jornais da Colômbia têm noticiado nos últimos dias que dois chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Jesús Santrich e Iván Márquez, fugiram do país e passaram a viver protegidos pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), na Venezuela.

Os veículos dão como fonte o Exército Colombiano. Para a Crusoé, a organização negou ter passado tal informação.

Santrich e Márquez participaram das negociações para um acordo de paz com as Farc (foto), que foi celebrado pelo ex-presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, em 2016. Eles ganharam cadeiras no Congresso, mas depois passaram a acusar o atual presidente colombiano, Iván Duque, de não cumprir com o combinado.

Historicamente, Farc e ELN foram os dois maiores grupos terroristas do país, mas sempre atuaram separadamente. “Cada vez mais parece estarem se juntando dois grupos: o dos dissidentes das Farc, com capacidade militar e recursos financeiros, e uma guerrilha como o ELN, que é capaz de produzir danos à infraestrutura produtiva, como instalações de petróleo e minas”, diz o sociólogo colombiano Ricardo Vargas Meza.

Segundo Meza, a aproximação dos dois grupos poderia ser impulsionada por fatores externos. “Se o governo colombiano retomar as fumigações aéreas contra as plantações de coca, eles poderiam se legitimar entre os milhares de cultivadores de folha de coca”, diz Meza.

Outro elemento seria um conflito na Venezuela, que abriria a possibilidade de depor o ditador Nicolás Maduro. “No campo, Maduro teria à sua disposição duas forças muito experientes na guerra de guerrilhas”, afirma o sociólogo.

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