Anderson Riedel/PR

Senador pede quebra de sigilos da ‘Capitã Cloroquina’

21.05.21 17:28

O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, defende na CPI da Covid a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro (foto), conhecida como “Capitã Cloroquina“. O parlamentar pretende acessar as informações referentes ao período entre abril de 2020 e agora.

Vieira embasa o requerimento protocolado nesta sexta-feira, 21, no papel preponderante da secretária na difusão do “tratamento precoce, que prevê o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus.

Foi Mayra, por exemplo, quem organizou a viagem de uma comitiva a Manaus para propagandear o uso de remédios como cloroquina e ivermectina dias antes da capital manauara vivenciar o colapso de seu sistema de saúde.

No documento, o senador diz que a secretária agiu em favor da “disseminação descontrolada e, até, à revelia de prescrições médicas, de medicamentos sem eficácia comprovada”. “A sua responsabilidade quanto a esse fato e seus efeitos nefastos é, portanto, induvidosa“, emendou.

Vieira acrescentou que a medida é imprescindível porque, “em um governo caracterizado pela ausência de funcionamento institucional adequado, que Mayra Pinheiro participou de reuniões e diálogos dos quais resultaram decisões altamente nefastas à sociedade brasileira, ao povo brasileiro, à sua saúde e à sua vida“.

Para que a quebra dos sigilos da secretária, de fato, ocorra, o requerimento precisa ser pautado pelo presidente da CPI, Omar Aziz, e aprovado pelo plenário do colegiado.

A “Capitã Cloroquina” deporá à comissão na próxima terça-feira, 25, na condição de testemunha. Ela deverá responder sobre tudo o que souber ou tiver ciência dos fatos investigados pela CPI.

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