Reprodução/redes sociais

Presidente interino, Juan Guaidó tenta a reeleição na Venezuela neste domingo

05.01.20 07:45

Há um ano, um jovem desconhecido, Juan Guaidó (foto), apareceu para o mundo em meio a uma multidão na Venezuela e se proclamou presidente interino do país. Nos dias seguintes, cerca de 50 países reconheceram seu governo transitório.

Desde então a Venezuela passou por diversas crises, com a ditadura de Nicolás Maduro matando cidadãos com mais despudor, bloqueando a entrada de ajuda humanitária e Guaidó anunciando, dentro de uma base em Caracas, um levante militar, que não foi adiante.

O mandato de Guaidó como líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional vence neste domingo. Para ser reeleito, ele precisa de 84 votos na Casa. Contudo, a ditadura tem promovido uma intensa perseguição política para dificultar e deslegitimar a eleição.

Segundo a ONG Acesso à Justiça, 29 deputados foram indiciados pelo Tribunal Superior de Justiça, 27 estão no exílio, 6 foram suspensos, 5 estão inabilitados pela Controladoria-Geral da República e 3 estão presos.

Para tentar resistir à pressão de Maduro, quinze partidos se uniram a favor da reeleição de Guaidó. Eles também cogitaram permitir que os deputados que estão no exílio pudessem votar de alguma maneira.

“O regime de Maduro tem pressionado bastante a Assembleia Nacional. Isso tem acontecido com a adoção de medidas de força, como a perseguição a vários congressistas. Também ocorreram denúncias de compra de votos para impedir a reeleição”, diz o especialista em relações internacionais venezuelano Luis Daniel Alvarez, da Universidade Central da Venezuela. “Até agora, os cálculos dizem que Guaidó consegue se reeleger.”

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