Alan Santos/PR

‘Precisamos ser autossuficientes na produção de vacinas e insumos’, diz Pazuello

05.02.21 15:37

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), afirmou nesta sexta-feira, 5, que o Brasil precisa ser autossuficiente na produção de vacinas e de ingredientes farmacêuticos ativos, IFAs — a matéria-prima dos imunizantes. O general fez a avaliação após atrasos em entregas ao país de insumos importados da China para a fabricação da vacina de Oxford e da Coronavac.

Pazuello discursou durante a divulgação do edital de licitação do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. O Ministério da Saúde tem orgulho de, hoje, junto com a sua Fundação, a Fiocruz, lançar o [edital do] maior complexo industrial de biotecnologia em saúde da América Latina. Isso é uma coisa muito importante. E, se havia dúvidas sobre essa importância, a pandemia da Covid-19 tirou a dúvida. Nós precisamos ser autossuficientes na produção de IFA, de vacinas e insumos para combater esse e os próximos vírus que virão“, observou.

O ministro declarou que o complexo representará um importante reforço ao Programa Nacional de Imunização, PNI, e fez um apelo para que a população confie na vacinação e a procure. A fala contrasta com a postura do presidente Jair Bolsonaro, que, diversas vezes, desestimulou a imunização, questionou a eficácia das substâncias e repetiu que não pretende ser imunizado.

Reforço aqui que nosso país precisa continuar sendo exemplo da procura pela vacinação. O povo precisa continuar confiando no PNI, o povo precisa continuar procurando se vacinar e se prevenir“, declarou.

De acordo com o ministro, após garantir doses da Coronavac e da vacina de Oxford, o governo federal negocia a compra de imunizantes da Janssen, subsidiária belga da Johnson & Johnson, da Pfizer, da Bharat Biotech e do Instituto Gamaleya/União Química.

Todas elas estão na prateleira de negociações. Tivemos reunião hoje de manhã com representantes da produção da Sputnik V. Estamos discutindo a apresentação de sua proposta de preços. Nesta tarde, estamos em reunião com a Bharat. Essas duas vacinas representam a possibilidade de entrega, em fevereiro e março, de mais 30 milhões de doses de vacinas. Ressalto que todas as vacinas disponibilizadas pelo PNI terão previamente a avaliação da Anvisa, para sua eficiência e segurança, por autorização emergencial ou registro. Essa é uma condição“.

Pazuello acrescentou que o início da vacinação, por si só, não freia a circulação do novo coronavírus e pediu que a população respeite medidas como o distanciamento social. “Precisamos continuar com medidas preventivas, de afastamento social, que são conhecidas no nosso país. Precisamos continuar com cuidados para evitar a propagação do vírus entre as pessoas“, emendou.

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  1. Me engana que eu gosto..milicos capacho de Bolsonaro genocida...com todo corte que vcs fizeram em educação e ciência????e os bilhões desviados para comprar os políticos bandidos como vocês dois? Bandidos sarados genocidas.Impeachment e cadeia para vocês.pra rua Brasil.

  2. General, mostre que é capaz de um ato digno: peço demissão. O senhor não tem a mais mínima competência, preparo e conhecimentos para comandar a saúde do País.

    1. Deveria ter vergonha ao demonstrar tanta incompetencia e servilismo.Pedir demissão é o minimo de quem ainda deseja manter uma imagem , somente imagem ,de dignidade.

  3. Saiu das trevas ministro? Descobriu o óbvio? Entendeu que a ciência DEVE prevalecer? Agora quem sabe o capetão acorda, também. O genocínio já conta com mais de 230 mil mortes. Responderão pelos seus atos em suas próprias consciências.

  4. O general Pazzuelo parece estar se esforçando para acertar às coisas. Eu trabalhei em diversas empresas de vários segmentos. Me reportava a outros e vários se reportavam para mim. Nunca abaixe a cabeça diante das minhas convicções, sendo que por vezes tive que sair. E sempre incentivei a minha equipe a pensar diferente do que eu penso. Trazendo outros pontos de vista, para verificar se estávamos partindo das premissas corretas. Isso diminui o risco de ser surpreendido por pontos cegos.

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