Reprodução

Polícia reprime protesto em Hong Kong

12.06.19 11:12

Um protesto em Hong Kong contra o projeto de lei de extradição, que pretende permitir a deportação de pessoas acusadas de crimes para a China continental, foi reprimido nesta quarta-feira, 12, pela polícia (foto).

A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e atirou com balas de borracha contra a multidão. Mais de vinte pessoas ficaram feridas.

No domingo, 9, cerca de 1 milhão de pessoas protestaram contra a lei de extradição que, embora não inclua crimes políticos, causou insegurança entre jornalistas, políticos, empresários e advogados. O medo é o de que o Partido Comunista Chinês acuse os que lutam pela democracia por crimes comuns, para assim poder julgá-los em Pequim.

Nesta quarta-feira, 12, os manifestantes se concentraram na frente do edifício onde ficam os legisladores, os quais votarão o projeto de lei.

Em uma entrevista para a televisão, a chefe do Executivo local, Carrie Lam, foi às lágrimas ao dizer que ela tem se sacrificado muito por Hong Kong. “Eu cresci aqui junto com todos os habitantes de Hong Kong. Meu amor por este lugar me levou a fazer muitos sacrifícios pessoais”, disse ela.

Na noite desta quarta (manhã no Brasil), Carrie falou na televisão que os protestos foram um tumulto organizado em que os manifestantes teriam usado métodos letais contra a polícia, como o uso de barras de metal e de tijolos e objetivos em chamas. “Este não é um ato por amor a Hong Kong”, disse ela, que tem sido frequentemente rotulada de traidora nas manifestações.

O artista chinês Ai Weiwei apoiou os protestos em Hong Kong: “A maior parte dos jovens está defendendo os seus direitos. Isso tem de acontecer porque ninguém confia no sistema judicial chinês”.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO