Pessimismo com governo mantém independência do MDB

O MDB se reúne no próximo dia 20 em Brasília para declarar formalmente sua posição de independência em relação ao governo Jair Bolsonaro. Apesar de o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (foto), serem da legenda.

Mesmo concordando com a maior parte da agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes, a leitura na sigla é de que o governo vai mal e a melhor estratégia é não se vincular.

O principal sinal disso, na visão dos emedebistas, é que a grande reforma do governo, a da Previdência, ainda não avançou no Congresso e não há uma base disposta a aprová-la. A avaliação é de que a sua aprovação será apenas no segundo semestre, e desidratada do texto original entregue pelo Executivo.

Por si só, a independência do MDB não é um perigo para o governo. Com as bancadas na Câmara e no Senado reduzidas, o partido perdeu a força que teve por anos no Congresso. O risco é que a declaração contamine outras legendas, o que compromete a aprovação de qualquer agenda, seja ela econômica ou de costumes.