Fellipe Sampaio/SCO/STF

Os favoritos na disputa pela cadeira deixada por Kassio Marques no TRF-1

23.08.21 09:58

Quatro nomes despontam como favoritos para a vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região deixada por Kassio Marques (foto), escolhido por Jair Bolsonaro para integrar o Supremo Tribunal Federal. A lista sêxtupla a ser definida pelos conselheiros da OAB precisa ser enviada até novembro para o tribunais. Os atuais integrantes da corte definirão a lista tríplice a ser encaminhada a Jair Bolsonaro, a quem cabe a decisão final.

Ao todo, 25 advogados interessados no cargo se inscreveram. O primeiro dos quatro favoritos é Jackson Di Domenico, que teria o apoio de lideranças evangélicas. Como trunfo político no currículo, ele tem uma decisão judicial que agradou a um dos principais conselheiros jurídicos de Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef.

No ano passado, como advogado, Domenico conseguiu reverter a condenação da empresária Cristina Boner, ex-mulher de Wassef, em uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Distrito Federal no escândalo do mensalão do DEM. Cristina Boner foi acusada de pagar 1 milhão de reais em propina ao ex-governador José Roberto Arruda em troca de contratos no governo do DF. O recurso de Domenico que garantiu a absolvição de Cristina na esfera cível está sendo usado pela empresária para tentar anular a ação penal de corrupção movida contra ela no mesmo caso.

Outro nome apontado como favorito para ocupar a cadeira deixada por Kassio Marques em novembro do ano passado, quando ele foi empossado ministro do STF por indicação do Centrão e de Wassef, é o do advogado Flávio Jardim, sócio em Brasília do escritório Sérgio Bermudes, onde atua a mulher do ministro Gilmar Mendes, Guiomar Feitosa, e ex-assessor do ex-ministro Marco Aurélio Mello. Gilmar é o principal apoiador de Jardim.

Os advogados Gustavo Amorim e Maurício Neves completam a lista de favoritos para a vaga de desembargador federal no TRF-1, que abrange 13 estados e o Distrito Federal. Advogado do Maranhão, Amorim é o nome apoiado pela família Sarney e pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça. Já Neves tem como cabo eleitoral os ministros Bruno Dantas e Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União.

A disputa pela vaga no TRF-1 ficou mais acirrada depois que o advogado Willian Guimarães desistiu de tentar a cadeira, alegando motivos pessoais. Ex-presidente da OAB no Piauí e sócio do escritório de advocacia do governador do DF, Ibaneis Rocha, Guimarães era o nome preferido do também piauiense Kassio Marques e de políticos do Centrão.

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  1. Basta uma PEC, revogando os arts. da CF q criaram essas excrescência e dispondo que a nomeação se faça por votações públicas dos plenos de cada Tribunal. MP e OAB indicam soberanamente seus representantes, sem interferência de qualquer Poder, sem listas sextuplas, nem triplas.

  2. Enquanto não mudarem as leis que para serem ministros, têm que ser juiz federal antes e reputação ilibada, veremos esse cenário triste e conchavos políticos.

  3. PR e governadores escolherem Ministros e Desembargadores é imoral, porque escolhem futuros julgadores dos seus atos. Embora previsto na mesma CF, colide com a independência dos poderes. Como pode um poder nomear membros de outro poder? Isto é fruto da politicagem. O Judiciário, a OAB e o MP devem agir para acabar com essa avacalhação do Judiciário submisso ao Executivo e ao Legislativo. Independência!

  4. Estamos perdidos, nossas instituições estão sendo destruídas, o país é laico, os evangélicos serão o taliban tupiniquim, amigos de wassef, Gilmar Mendes…. Essas indicações precisam acabar, esses cargos deveriam ser ocupado por concursados, impessoalidade é a solução pra acabar com falcatruas.

  5. A corrupção e a impunidade sendo premiadas .A EDUCAÇÃO E A ESPERANÇADE UM PAÍS MENOS CORRUPTO E MAIS JUSTO INDO PELO RALO

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