Foto: Adriano Machado/Crusoé

O novo emprego de Rosa Weber

19.03.24 10:55

Rosa Weber (foto), a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), foi indicada pelo governo brasileiro a uma vaga no Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul, o bloco econômico composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira, 19, pelo Ministério das Relações Exteriores.

Rosa assumirá o papel de árbitra na corte internacional, já que cabe ao Tribunal, “em casos de controvérsias ou de opiniões consultivas levadas à sua consideração, interpretar e propor medidas voltadas a promover o cumprimento dos instrumentos e normas sobre os quais se baseia o processo de integração”.

Ela, que foi presidente da Suprema Corte até sua aposentadora em setembro do ano passado, agora já assume a presidência do TPR, composto por um árbitro de cada país-membro do bloco econômico.

A ex-ministra, indicada por Dilma Rousseff ao STF em 2011, como  sucessora de Ellen Gracie, a primeira mulher a ocupar tal cargo. Antes ocupada na Justiça do Trabalho, Rosa passou a integrar a única formação da Suprema Corte com duas mulheres até hoje, na companhia de Cármen Lúcia. 

Sua gestão à frente da Corte, entre 2022 e 2023, foi ao mesmo tempo marcada por atos públicos e por certa discrição. Avessa a entrevistas (jamais atendeu os repórteres, mesmo os mais experientes, em entrevistas), a ministra teve de se colocar publicamente durante os ataques de bolsonaristas no 8 de Janeiro, quando todo o prédio foi destruído pelo vandalismo. Ela coordenou os esforços de restauração do edifício, que ficou pronto para o início do ano judiciário em fevereiro.

Ela também colocou-se em atrito com o Congresso em ao menos dois momentos — ao pautar o julgamento que derrubou o chamado “Orçamento secreto”, no final de 2022, e ao publicar seu voto a favor do direito ao aborto, o que inflamou a base evangélica no Legislativo. A CNBB chegou a pedir que o voto fosse anulado.

Com sua saída, no ano passado, Lula indicou Flávio Dino — até então senador e seu ministro da Justiça — ao cargo. Pelos próximos anos, só a mineira Cármen Lúcia representa o gênero feminino na Suprema Corte.

Leia mais em Crusoé: As boquinhas pós-Lava Jato

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  1. Essa Ministra , em nome da decência e das mulheres, não deveria aceitar esse prêmio de consolação. O "fato concreto" é que esse cargo serviu para justificar e consolar o STF por não ter indicado uma outra mulher para substituí-la. Levar as mulheres para almoçar feijoada e rabada no dia Internacional da Mulher após demitir duas mulheres ministras e não recolocar outra mulher no STF é a verdadeira face misógina do PT. Rosa, "não me faça pegar nojo".

    1. Os demônios travestidos de angelicais anjos na sua insana esquizofrenia não podem mais prescindir do poder com que escravizam idiotas ... pobre Braziu !!!

  2. Essa indicação não trará bons resultados, assim como foi sua gestão como “presidenta” do STF, será mais uma vez, medíocre. Porque não pendura a chuteira, gente?

    1. ... porque demoniostravestidoa de anjos não podem prescindir de promover o mal à humanidade.

  3. Indicada por Dilma Roussef, não ajuda a melhorar sua classificação e indicação pelo desgoverno petista atual tampouco.

  4. Deram o emprego errado a esta senhora que humilhou as mulheres do país com sua subserviência travestida de erudição ... deveriam reencenar a peça BONITINHA MAS ORDINÁRIA de Nelson Rodrigues e a camaleoa cairia como uma luva no papel de Maria Cecília ... como este país gosta de forjar mitoa pôdres inúteis de pés de barro.

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