Nise Yamaguchi viajou ao menos 13 vezes a Brasília durante pandemia
Suspeita de fazer parte de um "gabinete paralelo" para aconselhamento de Jair Bolsonaro durante a pandemia, a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi viajou ao menos 13 vezes a Brasília desde maio do ano passado até maio deste ano. A informação consta de um documento entregue pela companhia aérea Latam à CPI da Covid, a...
Suspeita de fazer parte de um "gabinete paralelo" para aconselhamento de Jair Bolsonaro durante a pandemia, a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi viajou ao menos 13 vezes a Brasília desde maio do ano passado até maio deste ano.
A informação consta de um documento entregue pela companhia aérea Latam à CPI da Covid, a pedido do senador Omar Aziz, presidente da comissão de inquérito. No começo do mês, Aziz oficiou as empresas Azul, Gol e Latam questionando-as sobre os voos de Nise entre Brasília e São Paulo. Aziz pediu também as mesmas informações sobre Naomi Yamaguchi e Charles Takahito, irmãos da médica.
Conforme revelou O Antagonista, em uma das visitas à capital federal a convite do Ministério da Saúde, em setembro de 2020, Nise teve sua passagem bancada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, chefiada pela médica Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina". A secretária, também investigada pela CPI, é uma das defensoras do tratamento precoce como política pública – foi em sua secretaria que surgiu o aplicativo TrateCov, que receitava cloroquina para praticamente qualquer paciente.
Em seu depoimento à CPI da Covid, no começo do mês, Nise afirmou que esteve em Brasília por "inúmeras vezes", mas que a viagem ocorrida em setembro a convite de Mayra Pinheiro foi a única custeada com recursos públicos.
Na planilha entregue pela Latam à CPI, há ainda registros de passagens que coincidem com compromissos de Yamaguchi em Brasília. No dia 14 de maio, por exemplo, a médica embarcou para o Distrito Federal e, no dia seguinte, se reuniu com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.
O mesmo se repetiu em setembro, quando, no dia 8, a médica participou de reunião da associação "Médicos pela Vida" – defensora do tratamento precoce – com o presidente. Foi nessa oportunidade que o virologista Paolo Zanotto sugeriu a Arthur Weintraub, então assessor especial de Jair Bolsonaro, a formação de um "gabinete das sombras".
As empresas Azul e Gol ainda não responderam ao requerimento de Omar Aziz. Parlamentares da comissão apostam que o número de visitas de Nise à capital federal pode ser ainda maior. "Primeiro ela disse que teve quatro reuniões, agora já foram mais de dez, pela contagem nossa aqui. E agora, com a quebra e o pedido de informações das linhas aéreas que vêm de São Paulo para cá, nós vamos saber quantas vezes ela realmente veio a Brasília e fazer o quê", disse Aziz.
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Comentários (9)
Luiz Augusto
2021-06-20 22:11:22A Musa da Mentira na CPI ainda quer processar os senadores e com certeza vai sobrar M para todos os lados (dela) .... mais fácil voltar a cursar a faculdade de medicina
Nicodemos
2021-06-20 18:46:47Pelo visto parece que a Dra Nise é alvo de ataques racistas e misóginos no Senado e também por aqui.
Bevi
2021-06-20 08:57:34Nota-se que essa polarização está dando margem a alguns comentários rasos, ocos, ricos em velhos jargões, vazios de argumentos consistentes...
Jether
2021-06-19 15:33:05Ela pode ter ido 50, 100 vezes em Brasília. O que isso importa? Ela pode ter aconselhado o presidente a disseminar tratamentos alternativos para tratamento da Covid e ainda assim não tem nenhuma responsabilidade pela condução da pandemia. A responsabilidade é 200% do governo. O resto é cortina de fumaça.
Basílio
2021-06-19 09:39:24O "Gabinete das Sombras", foi uma armação dos aloprados com interesses espúrios de todas as espécies. Os componentes de tal Gabinete devem pagar por isso!
Carlos
2021-06-18 23:06:16Qual é o problema em ser aconselhado por medicos renomados? Se essa medica desde o começo da pandemia vem se especializando no tratamento do virus nada mais natural do que ouvir suas opinioes tecnicas. O resto é conversa pra boi dormir dessa turma maluca do psol, pt e crusoé.
PAULO
2021-06-18 22:13:36Um bando de médicos charlatães se une, e afrontam a sociedade, denominando o grupo de Médicos pela Vida. Chegamos a 500 mil mortos, grande parte de responsabilidade desses médicos pela morte. Propagandear medicamentos ineficazes para uma doença que mata, é coisa de monstro. Nise é uma mentirosa. Ela que não abre o olho, com aquela sua cara de sonsa, fez muito mal ao nosso país. Na hora que tiver que ver o sol nascer quadrado, vai ficar esperta, de olhos bem abertos.
Patricia Almeida Reis
2021-06-18 22:03:46Isso é grave!
Jose
2021-06-18 21:59:19Ela é oncologista. Infelizmente não usou sua habilidade para extirpar o Bozismo, o pior tipo de câncer que corrói o Brasil. Ao contrário, fez parte de um grupo de apoio às ações genocidas do ser decrépito.