Foto: Adriano Machado/Crusoé

Não é possível censurar, declara Pacheco sobre eventos antivacina no Senado

15.02.22 16:55

Após a cerimônia de inauguração de um memorial em homenagem às vítimas da Covid-19 no Senado, o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (foto), minimizou nesta segunda-feira, 15, o uso do Salão Azul como palco para a disseminação de informações falsas sobre a vacina contra o novo coronavírus.

Embora tenha taxado as manifestações antivacina de “negacionistas” e as avaliado como um “desserviço“, Pacheco argumentou que a casa precisa assegurar o direito de fala a todos.

A posição da presidência do Senado e acredito que da massiva maioria é de defesa da ciência, da medicina, do uso de máscaras, da higienização das mãos, da vacinação do povo brasileiro. Naturalmente, há posições contrárias a isso. Essas posições já são conhecidas. São posições que nós reputamos como negacionistas e, portanto, indevidas. Mas o direito de dizer e de debater no Senado também é um direito que temos que assegurar. Não é possível fazer qualquer tipo de controle ou censura“, pontuou.

O parlamentar abordou o assunto ao ser questionado sobre uma audiência pública em que parlamentares bolsonaristas e médicos antivacina fizeram declarações falsas ou sem nenhum embasamento científico, como a associação dos imunizantes ao aumento de casos de câncer.

O evento, promovido na segunda-feira, 14, foi organizado pelo senador Eduardo Girão, do Podemos, e teve a participação de outros bolsonaristas críticos à exigência da vacina, como a deputada Bia Kicis, do PSL, e o senador Marcos Rogério, do PL.

Memorial

O monumento permanente inaugurado pelos congressistas nesta tarde está localizado acima de um auditório do parlamento e é composto por 27 prismas iluminados internamente — cada um representa um estado brasileiro e o Distrito Federal.

Na solenidade, senadores que integraram a CPI da Covid cobraram do procurador-geral da República, Augusto Aras, a adoção de providências sobre o relatório final do colegiado, que propôs o indiciamento de 78 pessoas, além de duas empresas.

“O procurador não pode desconhecer que há jurisdição sobre a fiscalização dos seus trabalhos, que cabe ao Senado Federal. E nós vamos ter que exercer isso. Haja o que houver”, pontuou o relator da comissão, Renan Calheiros.

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