Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Líder dos ruralistas diz que bancada não pediu saída de general do Incra

04.10.19 15:08

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira (foto), do MDB gaúcho, disse na tarde desta sexta-feira a Crusoé que a bancada ruralista não pediu a saída do general João Carlos de Jesus Corrêa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra.

A versão de que partiu dos ruralistas a saída do general foi difundida pelo secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, e alguns parlamentares ligados a ele. Moreira nega. “A frente nunca pediu para ninguém sair. A frente é um conjunto de pessoas de vários partidos e ninguém tem condição de falar por ela. Nabhan tem uma função pública e portanto tem autoridade para tomar posições. Mas isso não necessariamente significa que a frente irá concordar com ele.”

Conforme mostrou a edição da Crusoé desta sexta-feira, Nabhan pressionava os militares do órgão a liberarem titulações de fazendas de pessoas de seu grupo político. Alceu Moreira disse desconhecer essa atuação de Nabhan. No entanto, concorda com a avaliação dele –que acabou sendo apresentada como justificativa oficial da queda do general– de que os militares eram lentos no processo de titulação de propriedades. “O trabalho deles era metódico e sério, mas lento. Não cumpriram as coisas no tempo que gostaríamos. Mas daí para pedir a saída deles tem uma distância muito grande”, declarou.

Hoje, o Diário Oficial da União publicou a exoneração de três militares que auxiliavam o general João Carlos de Jesus Corrêa no comando do Incra. Mas a saída do próprio Corrêa ainda não foi oficializada. Há expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro só avalie mesmo sua saída após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, voltar de uma viagem oficial da Alemanha.

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  1. A função precípua do INCRA é desviar milhões dos cofres públicos para a bandidagem política. Agora se vêem diante de uma grande oportunidade de roubo maior do que o roubo da Petrobras - oficialização legal de grilagem de terras da União.

    1. Bolsonaro convida os militares para mostrar que estes são uns bosta, e desmoralizar perante ao povo e ao exército, tem feito com frequência, eu estou com pena do nosso exército falta um líder.

  2. MINHA AVÓ sempre dizia para minhas tias: "Quando os delinquentes passam a tomar conta do baile, é hora das moças de boa família voltar rapidamente para suas casas".

    1. A base do governo é composta somente de picaretas e ladrões. Os picaretas querem uma boquinha para se transformarem em ladrões. Os ladroes querem apenas continuar fazendo o que sempre fizeram. Messias baixo clero sempre foi um ladrão.

    2. Jose; como havíamos previsto, além de outros amigos comentaristas: seria apenas uma questão de tempo. Maktub !!!

    3. Jose; a merda começa a vir à tona, 9 meses após instaladas as novas "equipes". E boiarão outras mais, é apenas uma questão de tempo. Fez muito bem o general em cair atirando. Deixou Bolsonaro em situação ruim, mostrou que Cristina está sendo torpedeada de dentro, e colocou os "ruralistas" de calças arriadas. Veio a público a imensa podridão histórica do Incra, órgão que a turma do Nabhan ("ministro") assumiu e deu continuidade (corrupção na apropriação de terras públicas - parece o Velho Oeste)

    4. Sabem porque eles querem pressa para legalizar as terras públicas roubadas no nome desses ladrões? Porque eles sabem que não pegarão uma boquinha como essa tão cedo. O Messias autorizou o roubo geral das terras da união pelos ruralistas. Os militares perceberam a ladroagem, tentaram usar critérios técnicos para proteger os bens públicos e por isso foram enxotados do governo. Estamos diante de um dos maiores roubos recentes feitos contra a nação. Perto dele, a lava-jato é esmola!

  3. É agora uma forma recorrente de perseguição e tentativa de enfraquecimento dos ocupantes sérios de cargos relevantes no governo, que não se dobram às pressões irregulares e ilegais: o desmonte das equipes, com substituição dos técnicos escolhidos pelo titular da função, por ""funcionários" "convenientemente"" "proveitosos"", para a monarquia.

    1. É exatamente igual ao aparelhamento da marginalha petralha, impactando com a mesma toxidade, toda a Administração Pública.

    2. É isso, Tino, ninguém irretocavelmente correto pode, nesse governo, trabalhar em paz empregando somente critérios técnicos e legais. Para permanecer no cargo, deve inapelavelmente se submeter ao subjugo das conveniências espúrias.

    3. Assim, sem substituir os titulares sabidamente íntegros e, que possam ter muita visibilidade pela opinião pública, manobra-se com o escalão imediatamente abaixo.

    4. É a tchuma do Nabhan aprontando e querendo detonar a Tereza Cristina também. Nabhan já se faz chamar de "ministro". Barra pesada.

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