Agência Brasília

Jornalista demitido advertiu Planalto sobre trabalho anterior para PSB

14.08.19 14:05

A decisão de demitir o jornalista Paulo Fona da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto menos de uma semana após a nomeação foi do presidente Jair Bolsonaro (foto). A interlocutores, Fona tem atribuído sua exoneração ao fato de ter trabalhado na área de comunicação de governos do PSDB e do PSB, partido que faz oposição ao atual governo.

O jornalista se diz surpreendido com a demissão. Ele tem alegado que, no curto período em que trabalhou, não chegou a ter qualquer conflito com o secretário de Comunicação do Planalto, Fábio Wajngarten, nem com o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, ou com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, a quem a Secom é subordinada.

Segundo fontes que acompanharam a escolha de Fona, ele deixou claro seu histórico na profissão desde a primeira sondagem feita para o cargo. O jornalista entregou currículo profissional, com CPF e RG para que consultassem informações sobre ele. O Planalto demorou uma semana na checagem, mas acabou dando o aval para a contratação.

Na primeira vez em que foi apresentado a Bolsonaro, o presidente chegou a brincar com Fona. “Você é o que todo mundo fala mal?”, teria dito Bolsonaro. Os dois se encontraram duas vezes ao menos. Em uma delas, o jornalista o ajudou a escrever um tuíte em que anunciava que a antecipação do 13º salário para aposentados se tornaria uma política de estado.

Na terça-feira, 13, Fona trabalhou normalmente. No início da noite, foi chamado pelo subsecretário de Comunicação Digital da Presidência, Samy Liberman, que o demitiu. Wajngarten estava em voo. Samy não deu muitas justificativas. Disse apenas que Bolsonaro não queria mais o jornalista na equipe.

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