Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

Em nova fase da Faroeste, STJ autoriza prisão de duas desembargadoras do TJ da Bahia

14.12.20 07:43

A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira, 14, mandados de prisão, além de 36 mandados de busca e apreensão, contra duas desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia. Elas são acusadas de envolvimento no esquema de venda de sentenças judiciais investigado na Operação Faroeste.

A ação é resultado dos desdobramentos da investigação que começou para apurar a venda de sentenças em um caso de grilagem de terras no oeste da Bahia. As diligências de hoje representam a 6ª e 7ª fases da Faroeste.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o avanço da investigação mostrou que, além de integrantes do TJ-BA, estão envolvidos no esquema funcionários do “alto escalão de servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, de servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia e de advogados.”

Na decisão em que autorizou as medidas cumpridas nesta manhã, o ministro Og Fernandes afirma que “o conjunto probatório colacionado aos autos revela a suposta existência de uma engrenagem judicial criminosa no seio do Tribunal de Justiça baiano, que possui a venda de decisões como mercadoria para o enriquecimento ilícito em escala geométrica”.

A primeira fase da Operação Faroeste foi deflagrada em novembro de 2019 para investigar o envolvimento de quatro desembargadores em um esquema de venda de sentenças. Com o andamento das apurações foram autorizadas prisões, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático e o afastamento de diversos funcionários públicos. Segundo a PGR, até o momento foi possível mapear a atuação criminosa de diversos agentes públicos e o envolvimento de integrantes da “alta cúpula do poder público” baiano.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Situação muito triste! Certamente, após anos de recursos, essa dupla poderá ser severamente punida com "aposentadoria" e vencimentos integrais...

  2. Os bagrinhos vão dançar. Os juízes e desembargadores com certeza serão aposentados com soldo rechunchudo sem ter que devolver dinheiro ou bens. Isso aqui é Brasília, um país que a gente não conhece. Ação entre amigos. Segue o baile! obs. Se estender esse estudo de Norte a Sul vai encontrar o mesmo número de agatunados!

    1. Além do que terá segredo de justiça, vez que envolve juiz.

  3. É só uma pontinha do imenso iceberg!!! Acobertadores de corrupção - esta desgra a Nacional - multiplicam-se na razão direta de seus interesses e respectivas facções, e "na razão inversa do quadrado da distância" da massa dos mal feitores/comparsas, smj!

  4. Vão ser punidas com a aposentadoria integral? ou indicadas para o STF? pois pelo visto já possuem a qualificação necessária para serem integradas a segunda turma

  5. Lamentável que, como operador do Direito, tenha que dizer essas realidades: o pior de tudo isso é que isso não se verifica apenas na terra de Rui Barbosa, havendo grupos que agem assim em outros estados. Têm essência os fundamentos que levaram à CPI DA TOGA. Pode haver muitas coisas negras, tétricas e criminosas escondidas sob “capas pretas”por este Brasil afora. Assim pensou o e falou o ex-Presidente Lula do qual não sou seguidor político nem ideológico. Tudo isso é muito lamentável e triste!

  6. Essas corruptas não tem nome? Tem que expor para sociedade saber a podridão que assola o país e no caso específico o estado da Bahia. Estado este onde a diferença social é gritante.

  7. Quando o brasileiro vai aprender que poderosos de colarinho branco NUNCA FICAM PRESOS? Essas desembargadoras não ficam nem 24 horas, se houver uma liminar com os “garantistas” do STF, que só “garantem” poderosos.

Mais notícias
Assine agora
TOPO