Fars

Ditadura iraniana usará o funeral de Soleimani para melhorar a popularidade

04.01.20 10:18

O corpo de Qassem Soleimani, que foi morto por um ataque de drone americano na noite desta quinta-feira, 2, será velado no Iraque e no Irã. Primeiro, haverá uma procissão pelas cidades xiitas iraquianas de Carbala e Najaf. No sábado, 4, o caixão de Soleimani chegara a Teerã, capital do Irã.

“Provavelmente, o governo iraniano irá usar a morte de Soleimani como uma oportunidade para fortalecer a coesão nacional, que diminuiu bastante desde os recentes protestos contra o governo”, diz Amir Farmanesh, diretor do instituto de pesquisas IranPoll, com sede em Toronto, no Canadá.

Nas pesquisas da IranPoll, Soleimani aparecia com uma aprovação popular elevada, em torno de 81%. A teocracia, contudo, não está bem avaliada: 67% dos iranianos acham que a economia não vai bem. Em 2015, esse índice era de 43%. Para mais da metade da população, a corrupção e a gestão calamitosa emperram a economia.

O descontentamento gerou protestos. Em novembro de 2019, uma elevação no valor dos combustíveis levou diversos iranianos a se manifestar nas ruas. O governo derrubou a internet e reprimiu seus cidadãos. Cerca de 150 morreram. Após o ataque que destruiu o carro de Soleimani, alguns iranianos foram filmados comemorando a ação americana nas ruas.

Agora, com a morte do ex-chefe da Guarda Revolucionária, a ditadura tentará impulsionar sua aprovação popular.

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  1. Suponho que o aiatolá tem que agradecer ao Trump. Parece que o General poderia armar um golpe pra tomar o poder a qualquer momento. Confere, produção?

  2. O povo Iraniano é um espetáculo. As pessoas são amáveis e alegres. O mal é essa doentia teocracia ditatorial de poder que massacra a população. São oportunistas como aqui, pois só querem "mamar" do dinheiro público. As mulheres que "choram" não correspondente a verdade. Tudo farsa!

  3. Estou espantado que não decolou até o momento uma caravana de petistas para prestar as condolencias ao saudoso companheito Suleiman.

  4. A maldição do petróleo. O petróleo não vai acabar, vai perder o valor, daí tudo volta ao normal, com a vidinha da pedra lascada.

  5. Morei no Iraque por 6 anos a trabalho, o povo iraquiano é nobre e estou entendendo ainda mais sua religião e costumes assistindo agora a série “O valente guerreiro otomano “ que desde o princípio de tudo, mostra como agem, suas reações explosivas impensadas como nos dias de hoje, eles são assim

    1. Concordo contigo, sim turcos inclusive a série é turca, porém muçulmanos lutando pelo islamismo, hoje vemos isso com a mesma disposição da época

    2. Permita-me apenas uma pequena e importante correção: Os Otomanos eram os turcos e não os iraquianos. Há um diferença importante aí.

    1. Foi o Lulladrão quem disse certa vez que não gostava de ler, porque lhe dava uma enorme canseira. No caso do Uirá eu também não consigo, só de ver, já fico cansado. Seja objetivo, caro Uirá para que possamos lê-lo!

  6. Não são os fieis, os cidadãos e as sociedades, em última instância? De uma ótica puramente econômica, a Jihad islâmica é um autêntico câncer que consome as sociedades muçulmanas, desviando da sociedade para o financiamento de conflitos e terrorismo recursos que são vitais para o seu desenvolvimento econômico. A Jihad islâmica é a negação de si mesma, pois na prática o que ela faz é enfraquecer as sociedades muçulmanas e praticamente colocá-las refém do Ocidente.

  7. Mas não bastasse se financiar uma "atividade" improdutiva, eles estão aumentando o número de dependentes do Estado, de gente que passa a viver as custas da sociedade pq são parentes de algum mártir que supostamente se sacrificou pelo Islã. Por fim, chega-se à Jihad. Se a POLÍTICA DE MARTIRIZAÇÃO implica em um MECANISMO INSUSTENTÁVEL do ponto de vista financeiro e econômico, a Jihad é a epítome disto, pois quem é que financia a GUERRA SANTA?

  8. E se a teocracia iraniana estimula o suicídio e a morte em combate de mártires, isto não só fará aumentar o número de gente que passará a ter que ser sustentado pela POLÍTICA DE MARTIRIZAÇÃO? Ou seja, de um lado estimula-se uma prática e uma crença que não trás qq benefício econômico para o Estado, pelo contrário, só exaure as finanças públicas, pois financiar terrorismo e guerras é uma atividade extremamente dispendiosa que deveria ser compensada por um butim que valesse a pena.

  9. As ruas do Irã não estão cheias de imagens de mártires? Agora não irão transformar o general morto em um símbolo e um ídolo para ser adorado pela população iraniana e muçulmanos ao redor do mundo? Isto não é idolatria? Não bastasse isto, há ainda outro fator que serve para demonstrar toda a insustentabilidade deste grande SISTEMA DE IDOLATRIA: o patrocínio das famílias dos "mártires" pelo Estado. Não é lógico que quanto mais mártires houver, mais o Estado gastará com as famílias deles?

  10. É um sistema que em si mesmo é totalmente incapaz de se sustentar, cria um ciclo de violência que se retroalimenta e enfraquece as sociedades muçulmanas, pois onde há o terrorismo e o martírio só pode existir a belicosidade e a adoração a aqueles que supostamente se sacrificam pelo Islamismo. Isto é uma mentira, todos os mártires muçulmanos morreram por nada, foram usados por líderes religiosos inescrupulosos ou fervorosos, se não os dois, para montar e manter um sistema idólatra.

  11. É basicamente a mesma coisa que a igreja católica faz com a canonização, só que em ritmo muito mais frenético e acelerado. Aliás, o terrorismo islâmico é essencialmente baseado na idolatria pura e simples dos terroristas. Osama Bin-Laden não é um mártir para um punhado de muçulmanos? Como ele foi canonizado? Não foi por se opor ao Ocidente e "morrer" pelo Islã? O mesmo não será feito agora por Al-Baghdadi. O terrorismo islâmico e a martirização são a negação da fé muçulmana.

  12. É sempre interessante notar que não raramente a afirmação de uma coisa é a negação dela mesma ou até de outra. Dentro da do Islamismo a idolatria não é um pecado? No entanto o que a POLÍTICA DE MARTIRIZAÇÃO imposta pelos aiatolás, não só ao Irã, mas ao restante do mundo islâmico que é financiado pela teocracia iraniana, representa? Não é um sistema de criação de ídolos que devem ser adorados pelos muçulmanos, em contradição ao que a religião prega?

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