Reprodução/redes sociais

Parte da bancada bolsonarista não seguirá o presidente rumo ao PL

25.11.21 09:57

Muitos deputados que são aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro não pretendem acompanhá-lo na filiação ao PL – o presidente da República vai oficializar o acordo com o partido de Valdemar Costa Neto na próxima terça-feira, 30. A resistência ao passado do condenado pelo mensalão incomoda, mas é o menor dos problemas, para boa parte da bancada bolsonarista. Os cálculos eleitorais são a grande preocupação dos aliados do Planalto. Mais do que estar ao lado de Bolsonaro, os parlamentares que apoiam o Planalto querem aumentar as chances de reeleição em 2022.

A deputada Alê Silva, do PSL de Minas Gerais, confirmou em reunião da bancada esta semana que não vai se filiar ao PL ao lado de Jair Bolsonaro. A parlamentar mineira negocia com outros partidos da base, como o PSC, e até com siglas mais independentes, como o Republicanos – a agremiação tem cargos no governo, mas ainda não definiu se apoiará a reeleição do presidente no ano que vem.

Aliado fiel do capitão da reserva, o deputado paranaense Filipe Barros analisa convites do PL, mas também do Progressistas. A permanência no futuro União Brasil, fruto da fusão entre o DEM e o PSL, não está descartada. Nos próximos dias, Barros vai conversar com o deputado Luciano Bivar e com o advogado Antônio Rueda, caciques do PSL. “Cerca de 25 deputados devem acompanhar o presidente na filiação ao PL. Eu já tinha convite do partido antes mesmo da decisão do Bolsonaro. Estou conversando com partidos que estarão na base do governo”, afirma Filipe Barros.

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, do PSL de São Paulo, é considerado fora da lista dos parlamentares que irão ao PL. O representante do PSL paulista estuda convites do PSC e do PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson. Loester Trutis, do Mato Grosso do Sul, deve mudar de sigla, mas ainda não definiu seu destino.

“Pretendo deixar o União Brasil, mas não me encaixo no PL por causa de disputas locais. Como o estado é pequeno, é preciso analisar o cenário para montar uma chapa competitiva”, afirma Trutis. “Mas seguirei o presidente na formação de uma coalizão”, acrescenta.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO