Divulgação/Polícia Civil

Defesa de Queiroz mentiu dizendo que ele estava em hotel, afirma MP

19.06.20 07:26

No pedido de prisão de Fabrício Queiroz (foto), os promotores do Rio de Janeiro afirmam que a defesa do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, do Republicanos, “prestou informação falsa” ao informar nos autos que ele estava hospedado em um hotel no Morumbi, bairro da zona sul de São Paulo.

A informação foi dada ao Ministério Público após o órgão notificar a defesa de Queiroz a apresentar um comprovante atualizado de residência dele. Segundo a Promotoria, a gerência do Hotel Ibis, apontado como endereço do ex-assessor em São Paulo, negou que Queiroz tivesse se hospedado na unidade.

Para os promotores, a mentira contada pela defesa de Queiroz, que estava escondido em uma casa do advogado Frederick Wassef, defensor de Flávio Bolsonaro, era mais um indício de obstrução de Justiça que demonstrava a necessidade da prisão preventiva do ex-assessor.

Queiroz foi preso na manhã de quinta-feira, 18, no imóvel de Wassef em Atibaia, no interior paulista. Segundo os promotores, enquanto a defesa do ex-assessor de Flávio “omitia seu paradeiro e alegava problemas de saúde que o impediriam de depor, Fabrício Queiroz escondia-se na cidade paulista de Atibaia fazendo churrascos regados a bebidas alcoólicas”.

Uma foto enviada por Queiroz pelo celular a sua mulher Márcia Oliveira de Aguiar, que estava no Rio, mostrava ele fazendo um churrasco nos fundos da casa de Wassef, bebendo uma cerveja Corona e vestindo uma camisa do Vasco.

Segundo o MP do Rio, as mensagens apreendidas nos celulares de Queiroz e da mulher mostram que o casal adotou uma “uma complexa rotina de ocultação de seu paradeiro, articulada por alguém identificado como “Anjo”, codinome usado por eles para se referir ao advogado Fred Wassef.

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