Reprodução/SBT

Defesa de Queiroz entra com pedido para suspender quebra de sigilo

20.05.19 18:36

O desembargador Flávio Marcelo de Azevedo Horta Fernandes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, recebeu nesta segunda-feira, 20, o pedido de habeas corpus da defesa de Fabrício Queiroz (foto) contra a quebra de sigilos fiscal e bancário do ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Fernandes pediu informações ao juiz que concedeu a medida, Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, sobre o caso.

O pedido de habeas corpus vale para todas as outras pessoas que tiveram o sigilo suspenso por Itabaiana, inclusive o senador do PSL do Rio. O advogado de Queiroz, Paulo Klein, criticou o fato de a medida ter sido autorizada por Itabaiana em apenas dois parágrafos.

“O douto juízo de piso decretou a quebra de sigilo bancário e fiscal de quase uma centena de pessoas, por ser ‘importante para a instrução criminal’, sem nada mais a dizer, sem avaliar se as pessoas alcançadas tinham ou têm qualquer relação mínima com a investigação”, afirma o advogado.

A defesa de Queiroz insiste que as movimentações financeiras do ex-assessor que chamaram a atenção do Conselho de Controle de Atividades Fiscais são explicadas por ele concentrar as finanças da família. E por também recolher  parte do salário de outros assessores do gabinete, com o objetivo de contratar temporariamente mais pessoas para fazer serviços ao então deputado estadual. As movimentações foram consideradas atípicas pelo Coaf, o que deu origem à investigação.

O Ministério Público do Rio de Janeiro não está convencido desta versão de que Queiroz ficaria com parte do salário dos colegas, o que já é a admissão de uma irregularidade. Os promotores suspeitam de um esquema de desvio de verbas do salário dos assessores e de lavagem de dinheiro que beneficiaria o filho do presidente Jair Bolsonaro. Por isso pediu a quebra dos sigilos.

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