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CNI reage à fala de Macron e defende acordo UE-Mercosul

28.03.24 12:42

A Confederação Nacional da Indústria, CNI, divulgou nesta quinta, 28, uma nota em reação à fala do presidente da França, Emmanuel Macron (na foto, com Lula).

Após um evento com representantes do setor industrial em São Paulo, Macron proferiu um discurso dizendo que os termos do acordo atual são “péssimos“.

Deixemos este acordo para trás, vamos construir um novo, iluminado pelas novas ideias”, disse Macron.

O francês Macron e o presidente Lula são os principais responsáveis por enterrar o acordo, que avançou durante o governo de Michel Temer e foi assinado no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reitera a defesa da conclusão do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia por considerar uma contribuição fundamental para as agendas de clima, sustentabilidade e comércio. Para a CNI, o acordo reforça os objetivos e compromissos climáticos globais, diz a nota da CNI.

Para a CNI, o texto está sendo aprimorado nas rodadas de negociações iniciadas em 2023, e não faria sentido começar tudo do zero.

“A indústria vê este acordo como um marco institucional moderno e responsável para conduzir as relações econômico-comerciais no século 21, levando em consideração a importância das questões ambientais e sociais junto aos objetivos econômicos”, diz o presidente da CNI, Ricardo Alban, em nota.

Como qualquer outro acordo comercial, este não é um acordo estático. Ou seja, essa negociação faz parte de um processo cíclico, que permite atualizações, sempre que for necessário. Nesse sentido, as disposições estabelecidas servem como ponto de partida para ampliarmos o diálogo entre os dois blocos e aprimorar os padrões. Inclusive, faz parte do texto uma disposição específica de revisão, que permite melhorias contínuas dos compromissos originalmente estabelecidos”, diz Alban.

Entre os compromissos que podem ser incluídos no atual acordo, a CNI cita a promoção do comércio de bens sustentáveis, empoderamento feminino e medidas domésticas relacionadas ao clima.

Se o acordo não for concluído, nenhum dos compromissos dessa agenda moderna de desenvolvimento sustentável se transformará em compromisso jurídico internacional. Quem perde é o Mercosul, a União Europeia e a França, que não poderão contar com uma agenda de cooperação benéfica e de longo prazo para ambos”, diz Alban.

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