Reprodução/redes sociais

Integrantes do ‘gabinete do ódio’ são ouvidos pela PF sobre atos antidemocráticos

16.09.20 20:57

A investigação sobre a organização e o financiamento do atos antidemocráticos se aproxima cada vez mais do Palácio do Planalto. No último dia 9, a Polícia Federal ouviu dois assessores e o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Eduardo e Carlos, os filhos 02 e 03 do presidente, também foram chamados a depor sobre os atos divulgados por grupos bolsonaristas, só que na condição de testemunhas, não de investigados.

Foram ouvidos os assessores José Matheus Sales Gomes, Tércio Arnaud Tomaz e o major do Exército Mauro César Barbosa Cid, chefe militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Os dois primeiros integram o chamado “gabinete do ódio” instalado dentro do Palácio do Planalto e que é responsável por cuidar das redes sociais do presidente, sob a supervisão de Carlos Bolsonaro.

Tércio Tomaz é apontado como líder da estrutura que seria utilizada pelos bolsonaristas para produzir e disseminar notícias falsas, além promover ataques a adversários. Uma investigação do Facebook sobre páginas falsas e duplicadas que compõem a rede bolsonarista apontou Tomaz como responsável por alguns dos perfis que foram derrubados.

Durante os depoimentos, os assessores foram confrontados com informações colhidas ao longo da investigação e com o material apreendido durante as buscas e apreensões realizadas em junho, cujos alvos foram deputados, jornalistas e empresários que apoiam o presidente Jair Bolsonaro.

Como mostrou Crusoé, o avanço da investigação sobre o gabinete presidencial causou tensão na PF e resultou no pedido de exoneração da delegada Denisse Ribeiro. Após a repercussão, o inquérito acabou sendo mantido com a delegada.

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