Advogados dizem que ‘cultura’ de iraniano o obriga a relatar o que ouve

01.11.19 19:20

A defesa do iraniano Farhad Marvizi, que afirma ter novas informações sobre  atentado a faca contra o presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 1º, que devido a sua “cultura” ele se sente obrigado a comunicar fatos que considere importantes aos seus superiores e que foi por essa razão que ele enviou a carta ao presidente Jair Bolsonaro relatando ter informações sobre um suposto mandante da facada.

“Dentro da sua cultura julga-se também obrigatório comunicar aos superiores quaisquer fatos relevantes e de interesse público dos quais vier a tomar conhecimento. Nesse afã, tem relatado à direção da penitenciária, ao juiz da execução penal e a outras autoridades, o teor de várias conversas que ouve, de outros detentos, no interior da penitenciária”, diz a nota assinada pelos advogados Joaquim Miranda, Gabriel Oliveira e Emilene Maeda, que o representam.

Condenado a mais de 30 anos de prisão por crimes que vão da tentativa de assassinato de um auditor da Receita Federal, lavagem de dinheiro e descaminho, o iraniano afirmou em seu depoimento à PF que só revelará o que sabe sobre o episódio se conseguir um perdão judicial de Bolsonaro.

Ainda segundo a defesa, Marvizi está em “estado gravíssimo de saúde” e abalado após permanecer quase dez anos preso. Seus advogados já protocolaram pedidos na Justiça Federal para que ele possa ir para casa e até pediram indulto ao presidente Bolsonaro, em abril. Enquanto nenhum dos pedidos é atendido, o iraniano escreve cartas para as autoridades. Graças a seu problema de saúde, uma má-formação no sistema urinário, ele fica na ala médica da penitenciária federal em Campo Grande. Foi lá que ele se aproximou do autor do ataque ao presidente, Adélio Bispo de Oliveira, que ficou na ala médica durante o mês de maio. Marvizi quis, então, aproveitar a convivência mais próxima com Adélio para obter informações e tentar, assim, benefícios na Justiça.

“Na data de 31 de outubro de 2019 ele prestou relevantes declarações à Polícia Federal, mas pediu a devida segurança para ter tranquilidade de revelar outras, mais minuciosas e sensíveis, em ambiente que lhe proporcione a indispensável segurança, já que teme por sua vida, se acaso falasse tudo o que sabe e mesmo assim seguisse recolhido no local onde se encontra”, segue a nota dos advogados de Marvizi. Em 2014 o iraniano relatou ter ouvido sobre um suposto plano para sequestrar o ex-marido da então presidente Dilma Rousseff. A informação, porém, não se confirmou.

Adélio Bispo também foi ouvido pela PF nesta quinta-feira. Disse que o iraniano tentou convencê-lo a delatar um suposto mandante, mas não obteve sucesso porque, segundo ele, não haveria outros envolvidos na trama. Adélio afirma que era o próprio iraniano quem insinuava a possibilidade de participação de políticos como os ex-presidentes Lula,Dilma Rousseff e o ex-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves.

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  1. Ele não brasileiro , esta morrendo , devem levá-lo, se for relevante , de a ele a liberdade , mas fira do Brasil. Indulto e expulsão.

  2. Conseguiu os seus quinze minutos e fama e vai tentar sensibilizar a mídia pois se tornou um “doente grave”,necessitando de cuidados especiais. Nasceu do outro lado do mundo e, se acabou numa prisão de segurança máxima por aqui é porque boa pessoa não é. Pensasse antes de denegrir No seu país talvez já estivesse morto por suas ações. Desserviço dar luz à estes indivíduos.

  3. Que lógica maluca! Por que o fulano está preso se é a segunda alma mais honesta do universo? Advogados podem mentir para beneficiar o cliente?

  4. Então sou a favor de repatriar iranianos e colocar em todos os postos chaves do governo .Transparência total,nada embaixo ficará escondido do tapete. A pena para roubo, caixa 2 ou rachid é a perda da mão! Seremos conhecidos como a república dos manetas! kkkkkk

    1. Repatriar , não, me confundi , não sei bem o termo, enfim ,dar cidadania brasileira!

    2. A frase correta é: "nada ficará escondido embaixo do tapete"

  5. Beira o grotesco essa tentativa de achar um culpado de um atentado feito por um (comprovadamente) desequilibrado mental.....coisa de profissional, atentado para valer, náo daria facada, isso náo é obvio? Esse iraniano esta cheirando embuste

    1. Se continuar dando corda para os filhos ,o Brasil é que vai atolá!

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