Foto: Al Jazeera via MEMRIYahya Sinwar, líder do Hamas na Faixa de Gaza

Yahya Sinwar, líder do Hamas, entra para lista de terroristas da UE

16.01.24 14:22

A União Europeia adicionou oficialmente nesta terça-feira, 16, o líder do Hamas, Yahya Sinwar, à sua lista de terroristas.

Com a medida, os ativos de Sinwar nos estados-membros do bloco europeu foram congelados e nenhum país da UE poder disponibilizar recursos econômicos para ele.

“A decisão surge como parte da resposta da União Europeia à ameaça representada pelo Hamas e aos seus ataques terroristas brutais e indiscriminados em Israel em 7 de outubro de 2023”, disse o Conselho da União Europeia em comunicado.

O chefe do Hamas foi adicionado à lista de terroristas dos Estados Unidos em 2015, assim como Mohammed Deif, comandante da ala militar do Hamas apontado como um dos mentores do massacre de 7 de outubro de 2023, quando 1.200 pessoas foram brutalmente assassinadas em Israel.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, celebrou a entrada de Sinwar para a lista europeia de terroristas, dizendo que a decisão é fruto dos esforços de Israel para “estrangular os recursos do Hamas, deslegitimá-los e proibir todo o apoio que lhes é concedido”

“Parabenizo os estados-membros da União Europeia pela sua decisão de adicionar Yahya Sinwar, líder político do Hamas, às listas de sanções. Esta é uma decisão justa e moral. Agradeço a todos os nossos amigos que apoiaram esta decisão. Esta decisão é também o resultado dos nossos esforços diplomáticos para estrangular os recursos do Hamas, deslegitimá-los e proibir todo o apoio que lhes é concedido. Continuaremos a erradicar a raiz do mal, em Gaza e onde quer que ele surja.”

Yahya Sinwar, o “cadáver que anda”

Nascido em 1962 em Khan Yunis, na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar foi condenado por planejar o sequestro e assassinato de soldados israelenses e passou 23 anos em prisões israelenses, onde estudou hebraico para “conhecer o inimigo”.

Ele ocupa o mais alto cargo do Hamas na Faixa de Gaza, respondendo apenas para o chefe político do grupo terrorista, Ismael Haniyeh, que vive no Catar desde 2020. Sinwar tem a recompensa mais alta oferecida pelas Forças de Defesa de Israel.

Em 2011, Sinwar foi libertado por Israel com outros 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit.

Sinwar é considerado um “um cadáver que anda” pelas forças israelenses e americanas. Nesta sexta-feira de madrugada, um oficial da Casa Branca disse que o chefe do Hamas na região está com os “dias contados”.

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