Fernando Frazão/Agência Brasil

Aluno é expulso de Centro Acadêmico da PUC-SP por ser “judeu sionista”

15.05.24 17:58

Alunos do Centro Acadêmico de Serviços Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), uma das mais tradicionais universidades da capital paulista, resolveram expulsar um aluno do seu grupo por este integrar a religião judaica. Chamado de “judeu sionista”o homem foi vítima de um ato discriminatório, indicam especialistas no tema.

O caso envolveu o estudante Luigi Lellis, que é judeu e integrava o centro acadêmico da PUC. O ato, que pode ser descrito como antissemitismo, teria como fundo a visão, da maior parte dos membros do centro acadêmico, contra Israel e suas ações na Faixa de Gaza.

Minha expulsão sob a justificativa de ser judeu sionista é não apenas um ultraje pessoal, mas também uma afronta aos princípios de igualdade e respeito que deveriam nortear nossa comunidade acadêmica”, escreveu o aluno em suas redes sociais.

“Nenhuma pessoa deveria ser excluída ou discriminada por sua raça, religião, crenças políticas ou qualquer outra característica pessoa. A liberdade de expressão e o direito à diversidade de pensamento são pilares fundamentais de um ambiente acadêmico saudável e enriquecedor”. ele continua, pedindo a retratação do grupo.

Este, no entanto, dobrou a aposta e tentou justificar sua decisão de perseguição ideológica. “Apesar de sermos uma chapa sem vinculação partidária, temos posicionamentos políticos bem claros. A Palestina Livre e o moimento contra forças imperialistas e colonialistas é essencial para nós”, justificou o grupo, em uma nota também em redes sociais. “Somos a favor da liberdade de expressão, mas devemos nos manter fiéis às pautas que representam a nossa gestão. Discordamos do seu posicionamento contraditório, que alega ser Palestina Livre mas não se manifesta de tal forma.”

Em nota, o coletivo StandWithUs definiu a abordagem como discriminatória. “Trata-se de censura, exclusão social e cerceamento à liberdade de expressão, sendo, ainda, um ataque direto aos princípios democráticos fundamentais, pontos que deveriam ser inegociáveis no ambiente acadêmico”, disse a organização. “A justificativa dada para a expulsão não é somente intolerante ao posicionamento político do Luiggi Lellis, mas sobretudo à sua identidade.”

A StandWithUs ainda disse esperar que a PUC paulistana atue contra atitudes que “restrinjam a liberdade de expressão dentro do meio universitário, pois a censura sufoca a diversidade de opiniões e cerceia o debate público.”

Leia mais em Crusoé: “Palestina livre do rio ao mar”, o antissemitismo da USP

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  1. Ridículo assistir a imbecidade interpretada por esses terroristas de meia pataca que ontem veneravam che gevara e hoje veneram o hammas. Se por acaso algum deles estiver usando keffieh vermelho e branco (lenço que cobre o rosto dos homens), lembrem-lhe que são as cores da realeza Jordaniana e não tem nada a ver com guerreiros.

  2. É o cúmulo do cúmulo do absurdo esses imbecilóidezinhos da PUC imitarem a selvageria dos conflitos estúpidos e milenares que grassam o Oriente Médio em países asiáticos!!!!

    1. E para coroar a ignorância e a estupidez desses mequetrefinhos da PUC, estão eles dando show de etnismo e discriminação diversificada contra um colega!!!!

    2. Nada justifica a perda de uma só vida inocente seja de qual for a nação e é inquestionavelmente pavorosa a perda de vidas palestinas, mas, a parcialidade desconsiderando a tragédia israelense sem o mínimo de censura aos inomináveis terroristas configura tb extrema violência!!!

    3. E, em acréscimo, é o cúmulo do cúmulo esquecerem-se - também - de 1 nação inesquecivelmente vítima do horror do holocausto e, permanentemente agredida como o foi no episódio de extrema violência e terror que começou toda essa tragédia!!!

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