Líder do Hamas, com cabeça a prêmio, teria “dias contados”

Yahya Sinwar (foto), o líder do Hamas e considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro, tem a recompensa mais alta oferecida pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

Panfletos entregues à população de Gaza pelos militares israelenses, cujas imagens circularam nas redes sociais nesta quinta-feira, 14, indicam que a recompensa pela captura de Sinwar chegaria a 400 mil Shekels (cerca de 535 mil reais). O folheto, cuja autenticidade não pôde ser confirmada, incluía um número de telefone e um contato no aplicativo de mensagens Telegram, com promessa de confidencialidade ao delator de informações sobre o palestino.

O terrorista Sinwar tem sido o líder do grupo na Faixa de Gaza nos últimos anos. Ele foi eleito por meio de votações secretas, enquanto o chefe político, Ismael Haniyeh, vive em Doha, no Catar, desde 2020. Haniyeh não pode voltar porque o bloqueio impõe dificuldade para ele circular por aquele território. Na hierarquia, Sinwar é o número dois do grupo terrorista e quem de fato governa a Faixa de Gaza.

Ele também é considerado um “homem morto” pelas forças israelenses e americanas. Nesta sexta-feira de madrugada, um oficial da Casa Branca disse que o chefe do Hamas na região está com os “dias contados”.

“Não importa o tempo que demore, mas a justiça será feita”, garantiu o oficial a jornalistas. O americano ainda disse, de acordo com a imprensa israelense, que Washington orientou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que intensifique a estratégia de “alvos de alto valor” na Faixa de Gaza, o que poderia diminuir a intensidade dos bombardeios e combates (e, portanto, a visão negativa sobre a incursão de Israel no local).

Outros nomes na lista prioritária do governo de Netanyahu em Tel Aviv incluem Mohammad Deif, outro dos arquitetos do ataque terrorista de 8 de outubro; e Marwan Issa, considerado seu braço-direito. Fontes ligadas à inteligência israelense apontam que o trio estaria escondido nos túneis da Faixa de Gaza ainda comandando as operações e ataques contra os israelenses, assim como atuando na negociação de prisioneiros capturados pelo Hamas em território israelense.